Tratado Esotérico De Teurgia · Livro
TRATADO ESOTÉRICO DE TEURGIA
SAMAEL AUN WEOR
1ª Edição · Colômbia · 1959
Prefácio
Chegamos ao meu povoado; o Mestre acudiu em auxílio à uma querida família minha. Deixou-a material e espiritualmente tranquilizada. Enquanto isso, o povo fez-se ciente da rápida passagem do Mestre. As ruas de azulados e apertados e polidos paralelepípedos, ofereceram sua cordialidade à presença séria e amigável, majestosa e singela, ao mesmo tempo, do Mestre. O Mestre absorveu em suas pupilas absortas de mistérios, a hialina prestância dos matagais rústicos e o aceso fervor dos entardeceres generosos deste povoado. E o Mestre observou misticamente que Xinantecatl, ao norte, e Iztaccihuatl e Popocatepetl, ao oriente, contemplados desde qualquer paragem do povoado, que é uma verdadeira atalaia, um lírico mirante, e envoltos nas gases incendiadas da tarde, e submergidos na transparência atônita das alturas, eram como três Templos dos Planos Superiores em estado de “Jinas”, onde se oficiaram ofertórios de paz e se escutaram Evangelhos de luz.
Já de volta sobre a estrada esburacada e em meio ao chiado persistente do pobre veículo, a voz do Mestre era Sabedoria.
E o Mestre reencarnado, Mensageiro Superior, Avatara da atual quinta Raça e da Era de Aquário, Antigo Hierofante da Sabedoria Esotérica do Egito, SAMAEL AUN WEOR, Mestre de Mistérios da Grande Loja Branca, e verdadeiro esteta da palavra nas revelações do Mais Além, Mago Branco investigador de todos os Arcanos da Vida Superior, concedeu-me o privilégio amigável de suas confidências desconcertantes. E estas, embora fossem grotescos absurdos para o mundo cotidiano da mente, sujeita a lógica condescendente que como acertadamente afirma o Mestre, revela um processo que “vai do conhecido ao conhecido”, para o espírito, tal como não entende a psicologia oficial e acadêmica e douta, senão o menosprezado mas avançado e divino Esoterismo, são a verdade sublime que se eleva até o desconhecido e até mesmo ao Imanifestado!
E foi assim que durante muitas horas de estrada, que em outras circunstâncias poderia obrigar ao cansaço e ao fastio em uma atmosfera de roncos estridentes vindos das entranhas do cansado veículo, o Mestre, Teurgo maravilhoso, presenteou a meus ouvidos a prodigalidade dos prodígios mais incomuns ao me narrar a “Conjuração dos Sete” do Sábio Salomão, realizada no plano astral, para cuja projeção o Mestre é um peregrino qualificado. Se o Mestre Samael Aun Weor é artista consumado na expressão oral, ao transmitir sua Cátedra de Esoterismo, profunda, nutrida de erudição e de clarividências, e a qual em nada inveja nem a Krishnamurti, nem a Blavatsky, nem a Leadbeater, sem menosprezo e irreverência para estes sublimes iluminados, o é tanto na conversação como na narração.
E ao ouvi-lo, verdadeiramente extasiado sugeri, com o fervor de quem considera que algo de suma importância pudesse ser perdido para a humanidade, se não se convertesse em forma física, que me voltasse a repetir suas experiências teúrgicas, com calma e em lugar mais propício, enquanto eu assentava na máquina suas palavras.
E o Mestre aceitou. O trabalho não foi um verdadeiro ditado, senão isso: uma singela repetição. O Mestre passeava enquanto a torrente harmoniosa de sua palavra era como um sonoro filme de revelações esotéricas. Por isso seu estilo é o da narração em tertúlia amigável; confidencial, fogoso devoto da verdade e as vezes encantadoramente desalinhado pela simplicidade do maravilhoso vivido por ele sem esforço, mas que é o resultado de pupilas inquietas observando perpetuamento o Ignoto, o Supraterrenal, em cujos âmbitos o Mestre adquiriu permissão da natureza. E por isso a linguagem resulta espontânea, natural, sem contornos ou resplandecentes retóricas… Foi um milagre segui-lo datilograficamente. Ele Ignorava meus apuros, ensimesmado no prodígio de evocações insólitas.
O presente relato é a experiência pessoal do Mestre Samael Aun Weor, como Adepto Investigador esotérico dos Planos Superiores. E assim como o investigador cientista dos fatos do espaço possui certas qualidades necessárias já determinadas por Ramón e Cajal, para seus trabalhos de laboratório, o Mestre Samael Aun Weor cultivou suas preciosas capacidades metafísicas para seus próprios experimentos, as quais somou as que são produto da lei do Samsara. E seu laboratório está localizado nos “estados de consciência” supraterrenal que integram os Planos Superiores dos Escolhidos da Luz!
México, D.F., em 25 de novembro de 1958
GUILLERMO SERVIN MENEZ
TRATADO ESOTÉRICO DE TEURGIA
Capítulo I
A Teurgia é uma ciência que nos permite invocar os seres inefáveis dos Mundos Superiores para receber deles sublimes ensinamentos.
Distingamos entre Teurgia, Goécia e Espiritismo.
A Goécia nos ensina a invocar as Entidades puramente tenebrosas. Então, os invocadores ficam escravizados pelas potências do Mal.
O Espiritismo, mediante certos sujeitos passivos, permite comunicar com o Mais Além. No entanto, aos Centros espíritas, realmente só concorrem as sombras dos falecidos. É bom saber que essas sombras dos falecidos constituem o Eu psicológico. Desta forma, muito raramente entra a Alma ou o Espírito de um falecido no corpo de um Médium. Somente penetra nos corpos dos Médiuns o Eu psicológico dos desencarnados… A sombra dos seres queridos que desencarnaram… Isto é tudo.
As sombras dos falecidos, manifestando-se através dos corpos astral, mental e físico dos Médiuns, chegam até a produzir a dissolução dos veículos mental e astral. As consequências podem ser a loucura, a paralisia, etc.
Depois deste pequeno preâmbulo, vamos entrar de cheio a nossos Estudos Superiores de Teurgia.
O Teurgo tem que saber mover-se conscientemente em corpo astral. As invocações teúrgicas se realizam no Plano Astral. Também pode-se fazer invocações de Alta Teurgia nos mais elevados mundos da Consciência Cósmica.
O Teurgo tem que ser destro no Mundo Astral. O Teurgo tem que sair e entrar conscientemente no corpo astral. Desta forma, antes de entrar no terreno das invocações teúrgicas, devemos primeiro aprender a “entrar” e “sair” do corpo físico a vontade. Realmente, o Corpo Astral é o traje da alma. Dentro do Corpo Astral, temos a Mente, a Vontade, a Consciência e o Espírito.
Há um instante em que podemos abandonar nosso corpo físico a vontade. E este instante é o momento aquele em que nos encontramos dormitando. Nestes momentos de transição entre a vigília e o sono, todo ser humano, envolto em seu corpo astral escapa do corpo físico. Há uma Chave que permite escaparmos conscientemente do corpo físico, para trabalhar nos Mundos Superiores. O Divino Mestre, Jesus Cristo, utilizava esta Chave quando estudava na Pirâmide de Kefren. O Grande Mestre se deitava em seu leito, boca para cima, horizontalmente, com as palmas dos pés colocadas sobre o leito e os joelhos levantados. Depois, o Mestre levantava seus braços sobre a cabeça até que as palmas das mãos se tocassem entre si; logo as baixava estendendo-as a direita e a esquerda; e, por último, cruzava sobre o peito formando assim a Estrela do Microcosmos. Logo o Mestre adormecia vocalizando o poderoso Mantra “FARAON”. Este Mantra se vocaliza em três sílabas, assim:
FAAAAAAA… RAAAAAAA… ONNNNNNN…
O Mestre vocalizava este Mantra muitas vezes até dormir.
Então, nos Mundos Internos despertamos consciência. Nos sentimos sutis… Flutuamos deliciosamente… Este procedimento, simples e fácil, é a chave maravilhosa que nos permite despertar consciência nos Mundos Superiores.
Quando já estivermos conscientes nos mundos internos, então podemos dedicar-nos de cheio aos trabalhos da Alta Teurgia. O Dr. Krumm-Heller aconselhava, também, que para as práticas de saída em astral, era muito conveniente perfumar o quarto de dormir ou a recâmara com um bom incenso ou essência de rosas, etc.
Capítulo II – A Conjuração dos Sete
Uma das Conjurações mais poderosas que nos deixou o Rei Salomão foi a “CONJURAÇÃO DOS SETE”.
Nós nos propusemos investigar, pessoalmente, todo o conteúdo esotérico da “CONJURAÇÃO DOS SETE”. Estas investigações de Alta Teurgia, realizamos nos Mundos Superiores. Necessitamos ter plena consciência do conteúdo essencial desta Oração que o Sábio Salomão nos legou desde os antigos tempos. São muitos os Magos que, tanto no passado como no presente, utilizam estas Conjurações. Mas, o conteúdo essencial delas, há que conhecê-lo para trabalhar de forma consciente nos rituais de Alta Magia. Por todos estes motivos, necessitávamos investigar a fundo o esoterismo da “CONJURAÇAÕ DOS SETE”.
Abaixo apresentamos a nossos leitores a “CONJURAÇÃO DOS SETE”.
Vejamos:
CONJURAÇÃO DOS SETE DO SÁBIO SALOMÃO
Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste daqui, Chavajoth!
Em nome de Gabriel, que Adonai te mande e te afaste daqui, Bael!
Em nome de Raphael, desaparece ante Elial, Samgabiel”
Por Samael Sabaoth e em nome de Elohim Gibor, afasta-te, Andramelek!
Por Zachariel et Sachel-Meleck, obedece ante Elvah, Sanagabril!
Pelo nome Divino e humano de Schaddai e pelo signo do Pentagrama que tenho na mão direita, em nome do anjo Anael, pelo poder de Adão e de Eva que são Jotchavah, retira-te Lilith, deixa-nos em paz Nahemah!
Pelos santos Elohim e em nome dos gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, ao mandato de Orifiel; retira-te de nós Moloch! Nós não te daremos nossos filhos para que os devores.
Examinando cuidadosamente esta “CONJURAÇÃO DOS SETE”, poderão ver nossos amados leitores o estilo em que está escrita.
Certamente, o trabalho que teríamos adiante seria bastante dispendioso, árduo e difícil. O Espiritismo, com seus Médiuns, francamente não nos havia servido, porque nós queríamos ver, tocar e apalpar todas as Entidades que figuram nesta conjuração do Sábio Salomão! O Círculo Goético das Evocações negras e dos Pactos, tampouco nos haveria servido, porque nenhum de nós queria cair nos abismos da Magia Negra.
Desta forma, somente a Alta Teurgia poderia nos resolver estes problemas.
Começamos por estudar nos Mundos Superiores a Primeira Conjuração que diz assim:
Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste daqui, Chavajoth!
Michael é o Gênio do Sol, e isso sabe todo ocultista avançado. Jeová é o Regente da Lua, governa o Éden e aguarda a todos nós no Paraíso.
Nos faltava, pois, conhecer a Chavajoth. Quem seria este estranho personagem? Por que havia de conjurá-lo em nome de Jeová? Porque havia que nomear a Michael nesta Conjuração? Que entidade tenebrosa seria esta…? Indubitavelmente, todos estes enigmas nos deixavam inquietos. Queríamos aclarar esta questão! Não queríamos seguir sendo autômatos, repetindo uma Conjuração cujo conteúdo ignorávamos.
Foi então quando decidimos investigar.
Saímos do corpo à vontade. Em nosso corpo astral, fomos andando ao longo de um caminho solitário. Conforme caminhávamos, invocávamos o misterioso personagem Chavajoth mencionado pelo Grande Rei Salomão. Temos que confessar que nesta Invocação tivemos que utilizar a grande e suprema Chamada de Pedro de Apono.
Vejamos:
– “HEMEN ETAN! HEMEN ETAN! HEMEN ETAN!
El Ati, Titeip, Azia, Hin, Teu, MINOSEL, vay, ACHADON, vay, vaa, EYE, Aaa, Eie, Exe, A EL A Hg! HAU! HAU! HAU! HAU! va! va! va! va! CHAVAJOTH!
Aie Saraye, aie Saraye, aie Saraye! per Eloym Archima, Raburs, Bathas Super ABRAC ruens superveniens ABEOR SUPER ABERER, CHAVAJOTH! CHAVAJOTH! impero tibi per clavem SALOMONIS et nomen magnus SEMHAMPHORAS!”
O resultado foi maravilhoso…! À beira do caminho nos encontramos com uma escultura olímpica, solene. Parecia cinzelada por um Praxiteles! Seu rosto era semelhante ao de Apolo Grego. A curvatura de seus pés, o perfil de suas mãos… Toda a eurritmia daquela escultura poderia competir com a Vênus de Milo! Mas… algo estranho havia naquela belíssima escultura! Aquela preciosa efígie humana estava vestida com túnica de cor de sangue, que formando belas dobras, exóticas e fatais, chegava até aos pés! Compreendemos que estávamos frente ao polo oposto de Jeová… Nos encontrávamos frente ao espantoso e terrível Chavajoth! Estendendo a mão direita em direção aquela beleza maligna e sedutora, com grande voz conjuramos dizendo:
– Em nome do TETRAGRAMMATON, eu te conjuro, Chavajoth!
Acabando de pronunciar estas palavras vimos com grande surpresa aquela escultura maligna e bela irar-se contra nós de forma terrível. Logo, avançando em direção a nós, nos atacou com seu poder hipnótico terrível. E nos insultou de grandemente. Suas palavras eram realmente repugnantes, dignas somente da Grande Rameira cujo número é 666.
A luta foi terrível! Nós tivemos que nos defender com todas nossas forças espirituais para retirar aquele terrível demônio de beleza maligna! Ao fim triunfamos, e o espantoso personagem que havia tomado a figura de uma Rameira, se escondeu entre uma taberna sobre cujo o balcão somente é visível copos e garrafas de bebidas alcoólicas. Eis aí magia negra! Eis aí o abismo!
Regressamos a nosso corpo físico depois de haver conhecido este personagem das Trevas. Pela cor de sua túnica, pela suja linguagem, e por todas as atitudes daquele sinistro personagem chegamos à conclusão de que este era exatamente a antítese do Senhor Jeová.
Agora, queríamos aprofundar um pouco mais! Queríamos conhecer os trabalhos específicos dos quais se dedicava Chavajoth.
Outra noite, nós os investigadores, abandonamos o corpo com o propósito de conversar mais de perto com a Antítese do Senhor Jeová. Fizemos, como sempre, o uso da Grande Chamada de Pedro de Apono. Depois de alguns instantes, chegamos à rua de um povoado desconhecido. Uma multidão de pessoas iam e vinham por toda parte. Conforme chamávamos, podíamos apreciar facilmente o poder da Palavra. O Verbo ia transformando todas as coisas… Mudávamos de Plano: Nos submergimos nas regiões atômicas onde habitam os Príncipes das Trevas! Observando atentamente, notamos que alguém se dirigia em nossa direção com passo firme e decidido. Era Chavajoth…! Aquele sinistro personagem se vestiu com sua túnica cor de sangue e se dirigiu a nós. Então o conjuramos dizendo assim:
“Em nome de Júpiter, o Pai dos Deuses, eu te conjuro, Chavajoth, TE VIGOS CO SLIM!”.
Estes Mantras são de um efeito tremendo. Chavajoth, como ferido por um raio mortal, levantou o braço para defender-se. Nós avançamos alguns passos, nos dirigimos a ele e lhe demos a mão em sinal amistoso. Ele então, em tom descomedido e usando qualificativos aplicáveis somente à prostitutas, nos perguntou por nossas esposas. Nós, com ânimo sereno e sem deixar-nos levar por nenhuma reação emotiva ou sentimental, respondemos a aquele personagem que nossas esposas estavam bem… Obrigado! Logo, manifestamos que queríamos ser seus amigos. O sinistro personagem se mostrou satisfeito e logo caminhou connosco rumo a sua caverna tenebrosa. Andamos muito até que chegamos ao cume de uma elevada montanha. Ali estava sua caverna tenebrosa. E ali ensinava a seus discípulos. Nos manifestou que ele vivia na Alemanha; que tinha corpo físico; que trabalhava para Grande Loja Negra; que se fazia passar por veterano da Guerra, etc., etc. Certamente, encontramos a caverna de Chavajoth cheia de discípulos da raça alemã. Esses discípulos concorriam em seu corpo astral a dita caverna. Chavajoth os ensinava a doutrina dos Nicolaítas. Essa tenebrosa doutrina ensina um Sistema de Magia Sexual sinistra durante a qual o Mago comete o crime de ejacular o licor seminal.
O resultado destas práticas é sempre desastroso! A Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes, então, ao invés de subir, descende aos infernos atômicos do homem e se converte na cauda de Satã. Este Sistema de Magia Sexual Negra Foi praticado pelos monstruosos Lemur-Atlantes. Também Foi praticado pelos Bruxos da Atlântida. Neste velho Continente desaparecido existia o culto à deusa Kali. Mas tarde, depois da submersão da Atlântida, a seita da deusa Kali se estabeleceu na Índia. Esta é a seita dos Estranguladores. Os fanáticos desta seita estrangulam a suas vítimas. A polícia inglesa teve que intervir muitas vezes, na Índia, para julgar esta classe de homicidas… Este é o tantrismo! Em nosso mundo Ocidental, muitos foram os instrutores que depois de haver estado na Loja Branca, se extraviaram pela horrível senda do Tantrismo. Desta forma, chegamos a conclusão de que Chavajoth é um Adepto da Sombra, é a Antítese do Senhor Jeová! É Cabeça de Legião Fatal! Trabalha para a Fraternidade Tenebrosa. É preciso conjurá-lo em nome de Jeová!
Alguns dias depois, os investigadores, em corpo astral, resolvemos invocar este par de Opostos da Filosofia: JEHOVÁ E CHAVAJOTH. E fizemos um círculo ao nosso redor… Os dois seres invocados concorreram ao chamado. O Senhor Jeová como uma branca Pomba, de imaculada brancura! Flutuava sobre nossas cabeças. Chavajoth, sua Antítese, se manteve fora do círculo. Encontrava-se abatido! A presença do Senhor Jeová o feria de morte! Jeová trabalha pela castidade do Mundo. A Sabedoria Divina de Jeová esta encerrada no “ARCANO A Z F”. Esta é a Chave do Éden! Esta é a Chave da Arca da Ciência… Chavajoth trabalha pelo Tantrismo, pela doutrina dos Nicolaítas, pela ciência fatal que converte homens em bestas!
Capítulo III – Segunda Invocação
Depois de havermos terminado a investigação esotérica da Primeira Invocação desta Grande “CONJURAÇÃO DOS SETE”, que em outros tempos nos legou o Sábio Rei Salomão, nos propomos a investigar a Segunda Invocação que textualmente diz assim:
– Em nome de Gabriel, que Adonai te mande e te afaste daqui, Bael!
Sabemos que Gabriel é um Anjo Lunar! Sabemos que Adonai é um Anjo precioso! Mas ignorávamos quem seria Bael! Por que havia de conjurá-lo em nome de Adonai? Estes eram enigmas para nós e precisamos descobri-los!
Uma noite, em corpo astral, invocamos a Bael. Bael era um rei tenebroso que vivia em uma caverna do deserto de Gobi. Ali instruiu a seus discípulos. Ensinava a Magia Negra das Esferas Sublunares, Adonai, o Filho da Luz e da Alegria, era seu oposto. Estas duas Antíteses da Filosofia estavam intimamente relacionadas com os raios da Lua. A presença de Bael era muito tenebrosa. Coroado de Rei… seus olhos separados e firmes, espessas sobrancelhas; seu nariz, romano; seu lábios, grossos; seu rosto, redondo. Vestia túnica de Mago Negro. Ferido por nossa conjuração, tremia ante nós. Não fizemos com ele muita amizade. Seu caráter era inacessível.
Outra noite, nós os investigadores, invocamos a Adonai, o Filho da Luz e da Alegria. Uma criança como de poucos meses de idade concorreu a nosso chamado e nos atacou com uma força terrível e sinistra. Nós tivemos que nos valer de todas nossas forças anímicas e espirituais para tratar de vencê-lo. Mas tudo foi inútil! Aquela criança estava dotada de uma força onipotente…! Alguém nos disse que amistosamente lhe déssemos a mão. Assim o fizemos. Estendemos nossa mão para ele com objetivo de saudá-lo. Ele então correspondeu fraternalmente e tocou sua mão com a nossa. Este era o Guardião do Umbral do Anjo Adonai, o Filho da Luz e da Alegria! O mais interessante é pensar que o Anjo Adonai, apesar de sua imensa perfeição, ainda conserva o Guardião do Umbral, ao Eu psicológico, ao Ego reencarnante que todos devemos decapitar e dissolver para encarnar dentro de nós mesmos o Cristo interno.
Quão difícil é alcançar a perfeição!
Um Anjo tão precioso como Adonai, e contudo, é duro pensar que todavia conserva o Eu psicológico! (conjunto de velhas recordações)…
Outra noite, a mais profunda, a mais silenciosa… nós os investigadores invocamos ao Anjo Adonai. O precioso Anjo nos enviou com outros anjos, um presente divino. Um medalhão que pendia de uma corrente de ouro! Dito medalhão nos confere o poder de mudar de Plano Cósmico instantaneamente. Com este tesouro precioso podemos entrar em qualquer Departamento do Reino. Nos fizemos muito amigos do precioso Anjo Adonai, Filho da Luz e da Alegria, o Mestre de Zanoni! Todos sabemos que Zanoni recebeu a iniciação na Torre de Fogo da Velha Caldeia dos sábios. Desde então, Zanoni recebeu o Elixir da Longa Vida, ele pôde conservar seu corpo físico durante milhares de anos… O GRANDE MESTRE ZANONI, se deixou cair porque se enamorou por uma artista de Nápoles! E o resultado de seu erro foi a guilhotina. Ali morreu o grande Mestre!
Nós, os investigadores, tivemos que aprender muita coisa do Anjo Adonai: Sabedoria inefável!
Em certa ocasião, concorreram a nós, Adonai, o Filho da Luz e da Alegria e o Mestre Zanoni. Um de nós, um pouco surpreso, aguardou. Então, ambos Adonai e Zanoni, disseram ao surpreso investigador que cortasse com sua Espada um estranho fio que havia no solo. O surpreso investigador, entre perplexo e grato, cortou aquele fio com sua Espada Flamígera. Feita esta obra, entendemos que havia sido liberado de um feitiço fatal, de uma má corrente, de um ato de Magia Negra… Alguém o havia prejudicado com estas más artes e lhe havia causado grande dano. Logo, o mestre Zanoni e Adonai, entre ambos, curaram o corpo astral do investigador e o sanaram.
Ao rei Bael, obedecendo ordens supremas, em subsequentes trabalhos tivemos que submergi-lo no Abismo. Este tenebroso personagem utilizava os poderes para causar grandes danos a Humanidade. Realmente Bael é Cabeça de Legião, e há que conjurá-lo em nome de sua Antítese, Adonai, o Filho da Luz e da Alegria.
Para finalizar o presente capítulo, temos que advertir aos imprudentes que jamais se deve invocar os tenebrosos, porque isso é extremamente perigoso…! Nós nos vimos na necessidade de invocar a estes tenebrosos para investigar a CONJURAÇÃO DOS SETE do Sábio Rei Salomão. Era um caso importante é era necessário fazer esse gênero de investigações. A esta classe de Tenebrosos se invoca com a Conjuração de Pedro de Apono. Mas advertimos que aos Anjos da luz, aos Seres Inefáveis não se pode invocar com a Chamada de Pedro de Apono. Aos Anjos se invoca em Nome do Cristo, pelo Poder do Cristo, pela Glória do Cristo.
Que se cuidem os imprudentes! Que não cometam o erro de invocar Demônios! Isto poderia conduzi-los a desgraça! Nós os investigadores podemos fazer estas investigações porque estamos muito exercitados no uso e manejo do corpo astral. Mas sempre nos vimos em grandes e terríveis perigos!
Capítulo IV – Terceira Invocação
Depois de havermos investigado as invocações anteriores, nos propusemos investigar a Terceira Invocação da “CONJURAÇÃO DOS SETE”, que textualmente diz:
Em nome de Raphael, desaparece ante Elial, Samgabiel!
Quando investigamos a Samgabiel (não confundir com São Gabriel), nos encontramos com um terrível demônio do Mundo da Mente Cósmica. O Anjo Elial, é exatamente seu oposto Divino e Inefável. Certo dia invocamos a Raphael… Então o Grande Mestre concorreu a nosso chamado. O Mestre levava em sua mão direita o Tridente do Mundo da Mente. Seu rosto era avermelhado como o fogo. Sua barba branca, caindo sobre seu peito, estava toda cheia de majestade e de luz. A ampla testa do Grande Mestre nos indicava sua profunda Sabedoria. Um de nós pediu algo ao Grande Mestre. O Mestre contestou dizendo:
– Tu já não precisas pedir nada!
Realmente se tratava de um Iniciado com pleno conhecimento da Ciência do Bem e do Mal.
Causará muito assombro a nossos leitores saber que a Alma humana do Grande Mestre (o Bodhisattva de Raphael), tem corpo físico. O mais grave é saber que este Bodhisattva… está caído…! Mas luta terrivelmente por levantar-se… Devemos distinguir entre um Mestre e sua Alma humana. O Mestre é o Deus Interno. A Alma humana do Mestre está agora caída… No mundo da Mente Cósmica vivem muitos demônios perigosíssimos.
Em certa ocasião, entramos nós em um Templo muito luminoso do Mundo da Mente. Todos os investigadores estávamos atuando com o corpo mental. Havia ali, neste Templo, um grupo de veneráveis anciões. Eles estavam vestidos com túnicas de Mestres. E usavam sandálias. Sobre seus ombros caiam, em belos caracóis, suas brancas cabeleiras. Suas longas barbas brancas e suas amplas testas davam a todos esses anciões uma presença magnifica. Nós os investigadores acreditávamos estar em um Templo da Magia Branca, ante um grupo de Santos Mestres. Esta era a crença que tínhamos…! Um daqueles anciões pronunciou um discurso inefável.
Falou coisas Divinas! Falou do Amor, do Bem, da Beleza, da Caridade, etc., etc., logo começou o Grande Mestre a tocar delicadamente o problema do Sexo e então de forma sublime disse:
– Crescei e multiplicai-vos! O Ato Sexual não tem nada de mal, a ejaculação seminal não é má, se necessita para reprodução, porque Deus disse: crescei e multiplicai-vos!
Este e muitos outros termos usou aquele ancião venerável para defender a ejaculação seminal. Foi então quando nós começamos a suspeitar da santidade daquele “santo”. Começamos a duvidar… Seria este ancião um Mago Negro? Mas ao olhar ao nosso redor, somente víamos veneráveis anciões… Luz esplendorosa! Coisas inefáveis! Até parecia um sacrilégio duvidar deste Mestre e deste lugar tão Santo!
Mas a mortificante dúvida, apesar de tudo, apesar de nossos raciocínios, continuava afligindo-nos profundamente. Então foi quando um de nós querendo sair de dúvida se colocou de pé e lançou estas frases:
– Viva o Cristo! Abaixo Javé!
Cristo e Javé são as duas Antíteses. Luz e Trevas! Magia Branca e Magia Negra…! Javé é aquele demônio que tentou Cristo na Montanha. Javé é um demônio terrivelmente perverso! É o chefe da Magistratura Negra. Quando nós gritamos VIVAS E ABAIXO a Javé, então a Loja Negra se volta contra nós cheia de ira, os Magos Negros adoram a Javé. Seguem a Javé… Isto foi o que acometeu naquela noite neste Templo do Mundo da Mente!
Quando aqueles “santos” varões de venerável e augusta presença escutaram este VIVA e esse ABAIXO, sucedeu algo horrível. O rosto “santo” do venerável ancião que falava, se modificou todo, se encheu de ira totalmente, se transformou… Então vimos o insuspeitado. Aquela face se tornou horrível…! Aqueles “santos” anciões se desmascararam: eram verdadeiros Príncipes das Trevas, terríveis Magos Negros do Mundo da Mente Cósmica! Nos insultaram com frases e palavras próprias da Grande Rameira cujo número é 666. Nos atacaram violentamente… Nós tivemos que desembainhar a espada Flamígera para nos defendermos! Logo nos retiramos daquele Antro de Magia Negra que acreditávamos ser um Templo de Santidade…
Capítulo V – Quarta Invocação
Continuando nossas invocações de Alta Teurgia, vamos estudar a Quarta Invocação da “CONJURAÇÃO DOS SETE”.
Esta Invocação é a seguinte:
Por Samael Sabaoth e em nome e Elohim Gibor, afasta-te, Andramelek!
Quem seria Andramelek? Quem seria Elohim Gibor? Por que figuram estes gênios nesta Quarta Plegária do Rei Salomão? Todos estes enigmas nos deixavam inquietos. Só por meio da Alta Teurgia se pode fazer esta classe de Investigações.
Samael é o Gênio de Marte. Mas quem seria Elohim Gibor e Andramelek?
Uma noite, saímos em corpo astral. Entramos em uma caverna subterrânea. Então ali, fazendo uso da Grande Chamada de Pedro de Apono, invocamos a Andramelek. Bastante tempo permanecemos naquela caverna subterrânea da Terra invocando a Andramelek…! Ao fim, na metade da caverna, apareceu um estranho personagem negro como o carvão. Um personagem gigantesco, tenebroso e horrível. Estendemos a mão direita em direção a aquele monstro horrível e dizemos:
Em nome de Júpiter, o Pai dos Deuses, eu te conjuro, Andramelek, TE VIGOS CO SLIM!
O resultado foi formidável. Aquele demônio, ferido de morte pelo raio terrível da Justiça Divina, caiu sob nosso domínio. Então foi quando Andramelek falou e disse:
– Não sabia que eras tu quem que me chamava! Se soubesse, teria vindo antes…! O que posso fazer por ti?
Estas palavras de Andramelek parecia sair dentre as cavernas profundas de toda Terra. Parecia como se essa voz terrível e poderosa brotasse de entre as mesmas entranhas intimas da Terra! Então nós falamos valentemente à Andramelek, dizendo-lhe:
– Dá-me a mão Andramelek!
O tenebroso personagem se aproximou de nós e nos deu a mão. Este que isto escreve regressou a seu corpo físico. Então aquele demônio com sua túnica vermelha cor de sangue, passando sobre o teto de sua habitação; exclamou dizendo:
– Tiveste medo de mim…! Tiveste medo de mim…!
Eu contestei:
– Eu não tenho medo de ti Andramelek…! Regressei a meu corpo: isso é tudo!
Outra noite, um grupo de irmãos, em nosso corpo astral nos reunimos em um Templo para continuar nossas investigações em relação com este misterioso personagem, Andramelek, mencionado pelo Sábio Salomão na “CONJURAÇÃO DOS SETE”.
Todos os irmãos fizemos uma grande cadeia para invocar a Andramelek. Utilizamos a Fórmula de Pedro de Apono. Depois de um tempo de invocações, escutamos lá, ao longe, a resposta de Andramelek. Um vento estranho que gelava profundamente…! Um furação chegava até nós! Aquele personagem modulava a vocal M. Dava a esta letra uma entonação especial com tons baixos e altos… Os irmãos permaneceram firmes, na Cadeia. Logo, um dos irmãos que dirigia a cadeia exclamou com grande voz dizendo:
– Irmãos, não soltem a Cadeia! Permaneçam firmes…! Andramelek está vindo…!
Alguns instantes depois, um Gigante apareceu no umbral da porta. Este Gigante tinha três ou quatro metros de estatura. Aquele estranho personagem vestia túnica negra. Uma tira branca caia obliquamente do ombro direito até a coxa esquerda, passando pelo tórax e pelas costas. Tinha um Medalhão sobre o peito. Levava em sua mão direita um cetro de mando. Aquele personagem tinha uma testa grande; olhos grandes e azuis, de onde se refletia o céu estrelado. Seu nariz, reto. Lábios, finos e delicados. Mãos brancas, com dedos cônicos. Mãos largas de forma mística! Como as mãos de um Jesus de Nazaré ou de um Francisco de Assis…
O irmão que dirigia a Cadeia a soltou e foi ao encontro de Amdramelek para abraçá-lo e saudá-lo. Logo voltando até os irmãos da Cadeia disse:
– Irmãos, aqui lhes apresento meu amigo Andramelek!
Todos os irmãos estavam trêmulos. Um deles não podendo resistir a terrível força elétrica que irradiavam os olhos de Andramelek, se retirou precipitadamente. Fugiu horrorizado!
Aquele Gigante maravilhoso cheio de grande decência e com gestos finos e delicados, estendeu sua mão para saudar cortesmente a todos e cada um dos Irmãos. Logo, se dirigiu até um escritório e se sentou ali. Era algo interessante contemplar aquele estranho Gigante possuidor de tanta cortesia, tanta decência e tanta harmonia! O que causava pesar, era ver por trás daquele maravilhoso Gigante, mais a fundo, algo como a lembrança de um sombra fatal. Mas o cetro que aquele Gigante portava, o Medalhão sobre o peito e todos os seus gestos eram realmente da Loja Branca. Já sentado em seu escritório, Andramelek chamou ao irmão que dirigiu a Cadeia e o aconselhou com as seguintes palavras:
– Trate você irmão…, de colocar-se em um ambiente da melhor maneira possível. Vista-se decorosamente! Compreenda você que somos Anjos e que por tanto, temos o direito de viver bem!
O irmão interlocutor pediu uma permissão a Andramelek dizendo-lhe:
– Mestre, lhe peço permissão; vou buscar ao irmão C. (O irmão que havia se retirado antes da sala).
Foi então quando o irmão que dirigia a Cadeia andou em corpo astral por todos os países da Terra buscando o irmão que havia fugido. Queria que esse irmão conversasse com Andramelek. Tudo foi inútil! A busca resultou infrutífera… Por nenhuma parte se pôde localizar o irmão C…! O que teria feito? Para onde teria ido? Enigmas! Enigmas…! O irmão diretor da Cadeia retornou novamente para o recinto onde estava Andramelek. Mas já não foi possível conversar com o Gigante maravilhoso, porque muitas pessoas em corpo astral o estavam consultando. Então o irmão diretor da Cadeia regressou ao corpo físico. Já em corpo físico, aquele irmão se levantou bem de manhã, tomou seu desjejum e saiu para rua… Aonde se dirigia? Pois se não sabes querido leitor, saberá agora. O diretor da Cadeia foi em busca do irmão C. Aquele irmão era um velho negociante e seria muito fácil para o diretor da Cadeia encontrara-lo em seu armazém. Certamente, ali o encontrou! O irmão C. estava atarefado no comércio de seu armazém. O diretor da Cadeia depois de cumprimentar cortesmente seu amigo C., o interrogou dizendo-lhe:
– Bom irmão…! Diga-me por que você fugiu da vista de Andramelek?
Então o irmão C. contestou dizendo: – Realmente eu não pude resistir a vista de Andramelek! Olhou-me com uma força elétrica terrível! Não aguentei! Deu-me medo e saí correndo…!
Foi então quando o diretor da Cadeia disse ao irmão C.: Homem, eu estive procurando por você em corpo astral por todos os lugares e não o achei!
O irmão C. respondeu: Você não me achou… porque eu regressei ao meu corpo!
Todo aquele domingo os homens ficaram conversando sobre Andramelek. Aquele Gigante era um enigma para os dois investigadores. Seria Andramelek um Mago Negro? Seria Andramelek um Mago Branco…? Enigmas! Enigmas! Enigmas…!
Realmente tudo aquilo era enigmático! Os dois homens se propuseram, cada um por sua conta, investigar Andramelek.
Depois de algum tempo chegaram a seguinte conclusão:
O Espírito que concorreu a Cadeia, realmente era o Mestre Andramelek.
Um Mestre da Loja Branca! Um Mestre de Mistérios Maiores…! Sucedeu que este Mestre enviou seu Bodhisattva “ALMA HUMANA”, para reencarnação!
Recordemos que uma Alma se tem. Um Espírito se é! E aquele Bodhisattva se reencarnou na China. Desgraçadamente este Bodhisattva se deixou cair!
Eis aqui o mistério da “Dupla Personalidade” humana. Um dos maiores mistérios do ocultismo! Os Bodhisattvas caem… Pelo Sexo! Fornicam! Ejaculam o licor seminal e então a Serpente Ígnea dos mágicos poderes, a KUNDALINI, desce aos Infernos Atômicos do homem. Assim caem os Bodhisattvas! Mas o Mestre, ou melhor, o ÍNTIMO, o Espírito, não cai jamais…! Caiu o Bodhisattva do Mestre Adnramelek! O pior do caso foi que esse Bodhisattva se dedicou à Magia Negra. O resultado de tudo isso foi que o Mestre recolheu sua Alma Vontade, Alma Humana, Quinto Princípio do Homem, Corpo Causal ou Manas Superior da Teosofia. Então, somente ficou vivendo na China o Quaternário Inferior composto pelos veículos Físico, Etérico, Astral e Mental. Este Quaternário Inferior é de fato um homem desalmado. Uma casca Cabalística! Uma morada vazia onde já não vive a Alma, onde já não habita o Princípio Imortal de todo homem! Essas cascas Cabalísticas são moradas do Eu Psicológico (Satã). Realmente… esses são os Demônios! Desta forma, esse homem se transformou em um Demônio! Quando o investigador invoca a Andramelek no astral, pode apresentar-se Andramelek o Demônio ou Andramelek o Grande Mestre Espiritual.
Muito mais tarde, nós os investigadores invocamos Adramelek e Elohim Gibor. Tanto Andramelek quanto Elohim Gibor concorreram ao chamado. Vimos então as Antíteses frente a frente! Elohim Gibor é a Antítese do Tenebroso Andramelek. Elohim Gibor é um Arcanjo do Raio de Marte! Leva a Espada Flamígera na cinta e é um Varão terrivelmente divino. Quando Andramelek nos atacou, pudemos vencê-lo facilmente. Logo, deitando-se em leito de dor, nos disse que na China usava uma ampola chamada KINOCAPOL, com a qual despertava a Clavidencia de seus discípulos instantaneamente. (Claro que este gênero de Clarividência dura enquanto não passa o efeito da injeção! E isso é tudo). O demônio Andramelek é um comerciante na China! Vive bem economicamente. Este personagem das Trevas… mora no Abismo.
Um amigo nosso depois de ouvir este relato perguntou o seguinte:
– Então Andramelek… já não tem Íntimo? Quando desencarnar somente ascenderá ao Plano Causal? Em uma nova reencarnação terá corpo?
Nós tivemos que responder ao amigo o seguinte:
– Andramelek… já não tem corpo! Precisamente o Gigante que concorreu a Cadeia é o Íntimo de Andamelek! Este Íntimo… já não tem nenhuma relação com o homem tenebroso que vive na China…! Quando desencarnar o homem Andramelek, o monstro desalmado, então não poderá subir ao Plano Causal nem aos Mundos Superiores porque é um “Desalmado”, é uma Casca Cabalística, uma casa vazia… Não tem Alma nem Espírito! Estas casca Cabalísticas se afundam nos Infernos Atômicos da Natureza através dos séculos: Pouco a pouco vão degenerando e perdendo força! Depois… adquirem as figuras dos horríveis animais do Abismo. Mais tarde, as figuras de plantas e por último de minerais que, em processo de desintegração, estarão desprovidos de inteligência. Ao fim se convertem em poeira Cósmica! Essa é a “Morte Segunda”, do qual fala o Apocalipse. Os “fornicários”, ao fim, tem que passar pela “Morte Segunda”. Os fornicários são pessoas da Magia Negra! Todo aquele que ejacule o Licor Seminal é FORNICÁRIO, e candidato seguro ao Abismo, e a “Morte Segunda”.
Andramelek, se tornará poeira cósmica no Abismo. A desintegração no Abismo é muito lenta e horrível. Muitas vezes esses tenebrosos perduram por eternidades, durante Dias e Noites Cósmicas inteiros. Mas pouco a pouco vão se desintegrando e ao fim morrem! Andramelek não voltará a ter corpo! É um demônio terrivelmente perverso. O Mestre interno sofre horrivelmente e claro, terá que pagar um grande Karma por haver criado este Demônio.
Então nosso interlocutor fez essa outra pergunta:
– É culpa do Íntimo as más obras de Andramelek e do Karma que tem a pagar?
Nós tivemos que responder o seguinte:
– O Íntimo é um Cordeiro Imolado e terá que pagar por essa ex-personalidade Tântrica! O Íntimo, o Mestre Interno terá que reencarnar para pagar o Karma de sua ex-personalidade. Lei é lei…! A este Mestre faltou força para ter dominado a tenebrosa personalidade humana. Quando o Espírito vence a Matéria, é um vitorioso. Isso é tudo…
Capítulo VI – Quinta Invocação
O leitor que que tem seguido atentamente todo o curso de nossas Investigações esotéricas, compreenderá que o espiritismo com seus Médiuns ou a Necromancia com seus “laboratórios”, não nos serviria para fazer estas transcendentais Invocações de Alta Teurgia.
Desgraçadamente existem muitos estudantes que quiseram ver, ouvir, tocar e apalpar estas coisas; mas tem suas faculdades complementares danificadas. São muitas as pessoas que quiseram “sair” conscientemente em corpo astral, e sofrem o indizível por não conseguirem. A CHAVE que demos em nosso Primeiro Capítulo com o Mantra “FARAON”, é formidável. O importante é não desanimar: perseverar, não cansar-se até triunfar. Durante as horas normais de sono, todo ser humano está fora do corpo físico. Nos Mundos Internos intervém o Íntimo, para fazer-nos compreender integralmente todos os processos do diário viver. Por exemplo: negócios que executamos no dia; palavras que dissemos; emoções que tivemos, etc.,. etc. Desgraçadamente nós vivemos diariamente de forma muito inconsciente.
Não compreendemos o triplo alcance (físico, anímico e espiritual), de cada um de nossos atos, de cada uma de nossas palavras, de cada um de nossos sentimentos diários. Então, o Íntimo intervém durante o sono para fazer-nos ver, de forma simbólica, o triplo alcance de todos os acontecimentos que realizamos durante a vida diária. Desta forma, as almas humanas se movem durante o sono entre essa simbologia. Esses símbolos são os chamados SONHOS. Se nós vivêssemos com plena consciência cada um dos atos de nossa vida diária, se compreendêssemos o triplo alcance de cada ato desta nossa vida diária, se antes de nos entregarmos ao sono fizéssemos um exercício retrospetivo para fazer “CONSCIÊNCIA CONSCIENTE” de todos os incidentes ocorridos no dia, então, durante as horas de sono estaríamos de “férias”, absolutamente livres. Nos moveríamos conscientemente em corpo astral. Atuaríamos nos Mundos Internos com consciência desperta. Mas devemos advertir que o exercício retrospetivo deve ser feito através da meditação profunda. Reconhecer nossos erros, arrepender-se deles, tomar a decisão de não voltar a cometê-los! Não condenar nossos erros! Não justificar nossos erros! Quando os condenamos ou quando os justificamos não os temos compreendido!
O importante é compreendê-los conscientemente. Quando fazemos “consciência consciente” total e absoluta de um determinado defeito, então esse defeito se desintegra. Ficamos livres dele! O importante é que o sonhador desperte nos Mundos Internos durante o sonho normal, durante o sonho natural, sem “mediunismos”, sem “hipnotismos”, etc.
Depois desta introdução de nosso presente Capítulo, vamos continuar com a Investigação da “CONJURAÇÃO DOS SETE”. Nós, depois de havermos ocupado da precedente Investigação, nos propusemos estudar nos Mundos Superiores a QUINTA CONJURAÇÃO DO GRANDE REI SALOMÃO.
Vejamos:
Por Zachariel et Sachel-Meleck, obedece ante Elvah, Sanagabril!
Já sabemos que Zachariel é o Gênio de Júpiter. O que ignorávamos era quem fosse Elvah e Sanagabril. A simples vista compreendíamos que eram as duas Antíteses do Raio de Júpiter. A Sanagabril teríamos que chamá-lo com a Chamada de Pedro de Apono por tratar-se de uma Entidade Tenebrosa. Uma vez que teríamos que conjurá-lo para afastá-lo, logicamente se deduzia que era um tenebroso! Enquanto a Elvah se inferia que era uma Anjo luminoso, pois havia de utilizá-lo para afastar a Sanagabril. Desta forma, a Elvah não se poderia invocar com a Chamada de Pedro de Apono. Havia que chamá-lo em Nome do Cristo, pela Majestade do Cristo, pelo Poder do Cristo!
Nós, nos Mundos Internos, começamos a invocar a Sanagabril. A Invocação a fizemos em corpo astral, dentro de um pequeno salão. Chamamos muitas vezes, e Sanagabril demorava. Um estreito corredor, uma larga passagem cheia de trevas conduzia até um pequeno salão dentro do qual fazíamos a Invocação. Depois de um tempo de paciente espera, sentimos no estreito corredor passos de alguém que vinha. Certamente esses passos não eram muito agradáveis! O som destes passos não eram sons de sapatos ou sandálias. Era um som diferente! Era o som de garras e de unhas com de um tigre ou de uma besta maligna!
Nós permanecemos firmes! Aguardamos que Sanagabril se aproximasse um pouco mais. Estávamos preparados para conjurá-lo com grande força…! Logo, um ser estranho chegou até o umbral do recinto. Olhamos e vimos um rosto tão horrível que somente a imaginação de um louco de atar ou de um idiota poderia conceber. Mais valeria para nós ver sair os mortos de suas tumbas à meia-noite do que contemplar o rosto tremendamente horrível de Sanagabril! Francamente, nos surpreendeu tanto o horrível aspecto desta besta diabólica que tivemos que regressar instantaneamente ao corpo físico. Não tivemos medo! Nos surpreendeu sua horrível feiura… À este triste estado chega todo aquele que segue o Caminho Negro!
Mas não desmaiamos e nos propusemos enfrentar novamente ao horrendo espetáculo.
Desta forma, com firmeza de ânimo, outra noite, em nosso corpo astral voltamos a fazer a Invocação para Sanagaril. Desta vez o invocamos na esquina de uma das ruas de uma grande cidade. Concorreu Sanagabril a nosso chamado! Mas, desejoso de conversar connosco, assumiu a figura de um homem normal. Parecia um banqueiro e chegou falando-nos de dinheiro; nos deu o número que seria premiado na Loteria, supostamente para que o comprássemos… Com estas tentações pretendia atrair-nos às suas esferas de influência tenebrosa. A Loteria é pura Magia Negra! Se rouba todo um povo para enriquecer a alguns poucos. Nos não deixamos nos encerrar nesta “jaulinha de ouro”. Somente nos interessava conhecer este aspecto tenebroso, esta Sombra de Júpiter! Depois outra noite nos propusemos investigar a Elvah. Este Anjo é Amor, Altruísmo, Caridade, Castidade, Santidade!
Capítulo VII – Sexto Invocação
O Sendeiro da Alta Teurgia, nos permite estudar os Grandes Mistérios da Vida e da Morte. Mas é necessário aprender a sair conscientemente em corpo astral. Os que contudo não tem esta faculdade, necessitam adquiri-la. É necessário um treinamento diário, rigoroso, para conseguir esta faculdade. Depois de regressar ao corpo, despertamos na cama. Muitos discípulos cometem o erro de mover-se na cama no instante preciso de despertar de seu sonho normal. Com este movimento se agita o corpo astral e se perdem as recordações.
O estudante de Ocultismo, ao despertar de seu sonho normal, não deve mover-se! Deve permanecer em repouso, fechar os olhos e fazer um exercício retrospetivo para recordar minuciosamente todos aqueles lugares onde estivemos em nosso corpo astral, todas aquelas palavras que ouvimos, que dissemos, etc. Para esta classe de investigações, não servem Médiuns do Espiritismo. Acontece que os Médiuns não tem suficiente equilíbrio mental. Os Médiuns são vítimas das Entidades Tenebrosas. Os Médiuns tem o Corpo Mental deslocado. Queremos dizer com isso que os Corpos Mental e Astral dos Médiuns estão deslocados. E estando assim estes veículos, os Médiuns, não possuem equilíbrio mental, a lógica exata que se necessita para investigar todas as causas e efeitos da Natureza. Já sabemos que as Leis naturais se processam sabiamente. Todo efeito tem sua causa. Toda causa é efeito de outra Causa Superior. Muitas vezes escutamos a muitos indivíduos desequilibrados que se dizem relacionar com as Entidades do mais além! Normalmente estes sujeitos são Médiuns. É necessário saber que o Investigador dos Mundos Superiores deve possuir um equilíbrio mental a toda prova. O verdadeiro investigador é profundamente analítico e rigorosamente exato. Nós somos matemáticos na investigação e muito exigentes na expressão.
Depois desta introdução do presente capítulo, vamos narrar a nossos leitores a Investigação que fizemos com a Sexta Invocação do Grande Rei Salomão, esta Invocação é a seguinte:
Pelo nome Divino e humano de Schaddai e pelo signo do Pentagrama que tenho na mão direita, em nome do anjo Anael, pelo poder de Adão e de Eva que são Jotchavah, retira-te Lilith, deixa-nos em paz Nahemah!
Quem seria Lilith? Quem seria Nahemah? Por que havia que conjurar a estes Tenebrosos em nome do Anjo Anael, o Anjo do Amor, e pelas Potências de Adão e de Eva que são Jotchavah? Nós queríamos conhecer o Anjo Anael, o Anjo do Amor!
Em um grupo de irmãos, em corpo astral, invocamos o Anjo Anael em Nome do Cristo, pela Majestade do Cristo e pelo Poder do Cristo. A Invocação fizemos em uma Cadeia dentro do pátio de uma casa. Era a aurora de um amanhecer… E chamamos com grande voz o Anjo do Amor! Depois de algum tempo, vimos passar por cima do pátio da casa, bem alto, algumas aves inefáveis. Aves de prata…! Aves de ouro…! Aves de fogo…! Uma delas, a mais bonita, era Anael, o Anjo do Amor, que em seu Corpo Astral havia assumido essa bela figura. Todos nós exclamamos: “Já vem Anael, o Anjo do Amor!”.
Aguardávamos que essas aves maravilhosas e divinas descessem ao pátio daquela casa, onde todos nós fazíamos a invocação de Alta Teurgia. Mas aquelas aves passaram em baixo voo e não desceram ao pátio daquela casa. Que seria…? Que haveria ocorrido? Logo, alguém golpeia três vezes, compassadamente, a porta da casa. Soltamos a Cadeia e em nossos corpos astrais fomos abrir a porta. Um belo menino, vestida com túnica rosa e azul se apresentou no umbral. Outras crianças a seguiam. Esta bela criança era Anael, o Anjo do Amor, o Anjo da Aurora, o Anjo de Vênus! Os cabelos daquele menino parecia uma cascata de ouro caindo sobre suas costas inefáveis. Parecia um menino de 12 anos. Seu rosto, rosado como a aurora, tinha traços faciais perfeitos, inefáveis. Todo seu corpo estava rosado como a aurora. O menino trazia flores em seus braços. Nós nos ajoelhamos para que nos bendissesse. E ele nos bendisse! Na presença daquele belo menino, só se sente desejos de brincar, sente-se revivendo à sua infância, sente-se voltar a ser criança! O diretor da Cadeia, de joelhos ante o Anjo do Amor, consultou-o sobre algo, o menino respondeu com grande sabedoria. Observamos cuidadosamente a aura daquele Anjo: é branca, pura, inocente, perfeita. O Anjo Anael irradia luz esplendorosa, luz divina, luz inefável! Aquela luz preciosa irradia de sua medula espinhal… Realmente a medula espinhal é o Candelabro de Sete Vasos do Templo. O Azeite de ouro puro do Candelabro é o Sêmen Cristônico que os fornicários ejaculam miseravelmente. Os anjos estão cheios de luz e de fogo porque são absolutamente castos. Os Demônios estão cheios de trevas porque derramam o sêmen miseravelmente. Para criar não há necessidade de ejacular o Licor Seminal. A semente sempre passa para a matriz sem necessidade de ejacular o sêmen. As múltiplas combinações da Substância Infinita (o Sêmen), são maravilhosas.
Depois que nós invocamos o Anjo Anael, nos propusemos a conhecer Lilith, sua Antítese Tenebrosa. E outra noite, na mais quieta… a mais calada… invocamos a Anael e a Lilith simultaneamente. Fizemos a invocação em corpo astral dentro de um pequeno salão. Depois de alguns instantes concorreu o Anjo Anael ao nosso chamado. O bonito menino tinha uma presença inefável. Nós nos ajoelhamos e ele nos bendisse. Depois o menino se sentou em uma poltrona. Nós, cheios de imensa veneração e com profundo respeito, pedimos ao menino o favor de invocar sua Antítese, Lilith. Dissemos-lhes assim:
– Mestre, me invoque agora a Lilith: estamos investigando os Pares de Opostos da Filosofia. O Anjo Anael mentalmente fez a invocação de sua Antítese… Sentimos uns passos lá fora. E em poucos instantes entrou no salão outro menino de tamanho absolutamente exato ao de Anael, o Anjo do Amor. Era a antíteses de Anael. Era Lilith! Olhamos e vimos na noite um menino terrivelmente maligno! Um menino de rosto terrivelmente perverso…! Este menino vestia túnica de cor negra e azul escuro. Cores da gama do infravermelho. Estas mesmas cores são usadas pela Loja Branca; mas dentro da gama do ultravioleta. O infravermelho é da Loja Negra! O ultravioleta é da Loja Branca. Lilith é um Demônio, e suas vestiduras são de Demônio. Lilith é terrivelmente fornicário! De sua medula espinhal só irradiam abismos e trevas.
Nós os investigadores oferecemos cadeira a Lilith para que se sentasse. E a cadeira foi posta em frente do Anjo Anael. Desta forma, as duas Antíteses de Vênus se sentaram frente a frente. Era de admirar ver essas duas antíteses frente a frente…! Anael e Lilith! O Amor e o Contra-Amor que Jâmblico, o Teurgo, fez aparecer diante das multidões nos tempos antigos. Ali estão agora o Amor e Contra-Amor frente a frente. Lilith não se atrevia olhar o rosto sereno, radiante e luminoso do Anael. Então nós exclamamos:
– Eis aqui o mistério das Almas Gêmeas! Eis aqui o Par de Opostos da Filosofia!
Estávamos embriagados pela Sabedoria, estávamos em um verdadeiro estado de terrível exaltação mística! (Existem vários gêneros de Almas Gêmeas).
Lilith e Nahemah são dois Demônios terrivelmente perversos, estes Demônios governam as esferas do Abismo.
O Mestre Hilariux IX, em sua terceira mensagem do Aryavarta Ashrama sobre a Ordem Sagrada do Tibet, diz textualmente o seguinte:
“Existe nos infernos -dizem os cabalistas- dois reinos das Strigias: Lilith, mãe dos abortos e Nahemah, beleza fatídica e mortal. Quando um homem é infiel a esposa que lhe foi dada pelo céu e se entrega ao desenfreio de uma paixão estéril. Deus retira sua legitima esposa para lançá-lo nos braços de Nahemah. Esta rainha das Strigias sabe seduzi-lo com todos os encantos da virgindade e do amor. Desvia o coração dos pais impelindo-os ao abandono de seus filhos; faz sonhar com a viuvez os homens casados e com matrimônio aos homens consagrados a Deus. Quando usurpa o título de esposa, é fácil reconhecê-la. No dia de bodas aparece calva, pois sendo a cabeleira da mulher o véu do pudor, estará impedida neste dia. Depois do casamento torna-se presa do desespero e do fastio da existência. Predica o suicídio e por último abandona violentamente o lar, deixando marcada sua vítima com uma estrela infernal entre os dois olhos. Diz a tradição que quando o sexo chega a dominar o cérebro, se inverte a estrela (a Estrela Pentagonal) e cai a vítima de cabeça agitando as pernas levantadas para o ar”.
“Desta forma aparece a imagem do louco em uma das 72 cartas do tarot dos Boêmios. E quando a ciência profana sistematicamente tem considerado loucos aos Iniciados, basta para nosso conformismo o fato notório de que a ciência esta totalmente incapacitada para distinguir, neste caso, uma queda de uma baixada. O psiquiatra ignora completamente a existência real do Adão Protoplastos”.
No Abismo Lilith e Nahemah vevem em eterna luta. As almas depravadas de Lilith não tem nenhuma possibilidade de sair do Abismo. As vítimas de Nahemah, no entanto, tem possibilidade de sair do abismo. O problema é sexual. Os Demônios são terrivelmente fornicários! O homem está simbolizado pela Estrela de Cinco Pontas. O cérebro deve controlar o Sexo. Quando o cérebro já não pode controlar o Sexo, então a Estrela Pentagonal cai invertida e se afunda no Abismo. Os Demônios podem ser simbolizados pela Estrela Pentagonal Invertida.
Capítulo VIII – Sétima Invocação
Depois de haver investigado todas as precedentes invocações da Grande “CONJURAÇÃO DOS SETE”, que nos deixou nos antigos tempos o Grande Rei Salomão, nos propusemos investigar a última invocação que textualmente diz:
Pelos santos Elohim e em nome dos gênios Cashiel, Sehaltiel, Aphiel e Zarahiel, ao mandato de Orifiel; retira-te de nós Moloch! Nós não te daremos nossos filhos para que os devores.
Quem seria esse Moloch? A tradição antiga nos fala de Moloch, um touro de ferro que era esquentado ao fogo vivo. Conta a história que muitos meninos eram jogados ao ventre horrível deste touro de ferro. Se fala muito de Moloch e nós queríamos investigar o caso.
Fora do corpo físico, chamamos a Moloch com a grande Chamada de Pedro de Apono. Conforme vocalizávamos os Mantras, nos fundíamos nos Infernos Atômicos da Natureza. Então vimos imensas multidões de seres humanos que vivem nos Abismos. Logo por entre a multidão vimos um ginete sobre sua montaria. O ginete montava um brioso corcel. Aquele ginete parecia um árabe. Vestia túnica vermelha e cobria sua cabeça com um turbante oriental. O rosto daquele homem era realmente como o de um árabe. Olhos grandes e negros, penetrantes; grossas sobrancelhas; lábios fortes e grossos; nariz reto; cor morena. O homem usava sandálias. Toda sua postura era realmente como a de um ginete da Arábia Feliz. Era Moloch! O terrível Demônio Moloch…! Logo se dirigiu até nós em seu brioso corcel. Abriu caminho entre a multidão e gritando com grande voz se dirigiu ao diretor da Cadeia de investigadores e lhe disse jocosamente e perversamente satisfeito:
– Ah…! Eu já pensava que tu vivias lá por cima, junto com os Anjinhos! Já voltaste!
Então o diretor da grande Cadeia de investigadores, cheio de valor respondeu: – Te equivocas Moloch, eu estou aqui somente de visita. Vim aqui te investigar. Isso é tudo!
Moloch se retirou. E todos nós investigadores retornamos a nossos corpos físicos. Muito mais tarde invocamos a sua Antítese luminosa, Orifiel, o Anjo de Saturno. Este Anjo governa o maravilhoso Raio de Saturno.
Terminada esta última invocação da “CONJURAÇÃO DOS SETE”, chegamos as seguintes conclusões:
CONCLUSÕES
1 – A “CONJURAÇÃO DOS SETE”, do Sábio Salomão é uma conjuração Cabalística de imenso poder para combater as legiões tenebrosas.
2 – A “CONJURAÇÃO DOS SETE”, do Sábio Salomão deveria ser utilizada por todos os estudantes de Ocultismo antes de seus rituais, para “limpar” suas casas, antes de entregar-se ao sono ou antes de realizar todas as suas práticas esotéricas. Assim se afasta os tenebrosos.
3 – Os Demônios são terrivelmente fornicários, ejaculam o Licor Seminal.
4 – Os Anjos não ejaculam jamais o Licor Seminal.
5 – Quando o homem não ejacula seu Licor Seminal, desperta a Kundalini. A Serpenta Ígnea de nossos Mágicos Poderes que está encerrada no Chakra coccígeo (Igreja de Éfeso), base da medula espinhal. Esta Serpente, entra pelo orifício inferior da medula espinhal que em pessoas comuns e correntes está fechado. Os Vapores Seminais abrem esse orifício para que a Serpente Ígnea entre por ali. Conforme a Serpente vai subindo pelo canal medular, vai abrindo todos os nossos Poderes, desenvolvendo todas as nossas Faculdades. Quando a Serpente depois de haver passado pelo topo da cabeça, chega até a região entre as sobrancelhas, então vem a PRIMEIRA GRANDE INICIAÇÃO DE FOGO. Temos que trabalhar com os SETE GRAUS DE PODER DO FOGO. É desta forma que o Homem se converte em um verdadeiro Anjo cheio de Poder e de Glória!
6 – Quando o homem ejacula o Licor Seminal em Práticas de Magia Negra, quando segue a doutrina dos Nicolaítas, ou simplesmente quando não se arrepende jamais de ejacular o Licor Seminal, então a Serpente Ígnea de nossos Mágicos poderes, ao invés de subir pelo canal medular, descende até os Infernos Atômicos do homem e se converte na horrível cauda de Satã.
7 – Resulta terrivelmente perigoso invocar Demônios. Nós nos vimos em muito graves e tremendos perigos quando fazíamos a investigação da “CONJURAÇÃO DOS SETE”. Se o estudante não está armado com a Espada da Justiça, se não é absolutamente casto, se não segue a Senda da Santificação, facilmente poderia perder a vida nestes trabalhos. Ou melhor: poderia chegar a mais terrível desesperação, aos mais espantosos temores com todas as suas consequências gravíssimas para o corpo físico ao arriscar-se a invocar Demônios.
8 – A Alta Teurgia só deve ser utilizada para invocar Anjos. Por meio da Alta Teurgia podemos estudar aos pés dos Grandes Mestres de Sabedoria. Conversar com os Anjos, falar com os Construtores do Universo, conversar com nosso Deus Interior, cara a cara, nos Mundos Superiores.
9 – Devemos sublimar todas as nossas Energias Sexuais até o coração. Devemos trilhar a Senda Absoluta da Santidade.
10 – Depois de haver conhecido o Abismo, chegamos a conclusão de que os Demônios, entre os sofrimentos mais espantosos e horríveis, vão se desintegrando neste Abismo. Esta é a Morte Segunda!
Última Conclusão
Nós, os investigadores em corpo astral chegamos a uma casa onde somente via-se: lodo… miséria… indigência… fome… e o pior de tudo, terrível fornicação!
Vimos uma habitação horrível, asquerosa. Nesta habitação viveu uma mulher terrivelmente FORNICÁRIA. Esta mulher já entrou no Abismo…! Já desencarnou e, nesta habitação imunda onde viveu, somente se veem trapos, lodo, indigência, miséria, sofrimento, sujeira. Quando nós estávamos investigando, pudemos ver intuitivamente a íntima relação que existe entre as POTÊNCIAS TENEBROSAS QUE FIGURAM NA “CONJURAÇÃO DOS SETE” E ÀS PESSOAS fornicários. Tudo isso é uma só coisa: Magia Negra! Fornicação! Asquerosa Miséria! Nós os investigadores, pudemos evidenciar que os fornicários irredentos em suas últimas Reencarnações pagam o Karma da miséria mais atroz, da miséria mais desconcertante e horrível. Todo aquele que ejacula seu Licor Seminal, ainda que casado, é um violador da Lei, é um Fornicador!
Desta forma, a última reencarnação de todo Fornicário que ingressa ao Abismo, é a mais espantosa miséria. No Oriente, o Abismo, ou melhor, os Infernos Atômicos da Natureza são conhecidos com o termo Avitchi. Nestas tenebrosas regiões se afundam os Fornicários depois de sua última Reencarnação cheia da mais asquerosa indigência conhecida pelo Gênero Humano. Todo pecado será perdoado: Menos o pecado contra o Espírito Santo! A Força Sexual é a Energia Criadora do Terceiro Logos. O Terceiro Logos é o Espírito Santo. O Terceiro Logos irradia sua Energia no vórtice fundamental de toda Nebulosa, no centro último Átomo e em tudo aquilo que vêm a vida.
No Ser Humano, a Energia do Terceiro Logos é o Poder Criador do Sexo. Quando o Ser Humano se entrega a fornicação, então essa Energia, exteriorizada para fora e para baixo, liga-o às Potências Tenebrosas e ao Avitchi… Nós devemos trabalhar no Laboratório do Espírito Santo (o Sexo), para transmutar a Potência Criadora em Luz e Fogo. Nós devemos fazer retornar a Energia do Terceiro Logos para dentro e para cima, para despertar nossos Poderes Criadores divinos e inefáveis. Este é o OPUS MAGNUM! Os Fornicários se convertem em sombras indigentes e miseráveis, logo se fundem no espantoso Abismo!