A-12. A Mente Interior

O PENSAR PSICOLÓGICO E A MENTE INTERIOR

Conferência de Samael Aun Weor

O Quinto Evangelho

…Com o propósito de compreendermos realmente é que vocês estão aqui presentes; vieram para escutar e eu para lhes falar…mas é necessário que entre nós haja uma verdadeira comunhão de almas e que busquemos inquirir a nós mesmos, indagar, buscar, tratar de saber… com objetivo evidente de conseguirmos uma orientação no caminho da Autorrealização Íntima do Ser.

SABER ESCUTAR é muito difícil; saber falar é mais fácil. Acontece que quando alguém escuta precisa estar ABERTO AO NOVO, com a mente espontânea, livre de prejulgamentos e de preconceitos. Acontece que o Ego, o Eu, o Mim Mesmo, não sabe escutar; tudo traduz com base em seus preconceitos e tudo interpreta de acordo com o que tem armazenado no CENTRO FORMATIVO.

Qual é o centro formativo? A MEMÓRIA. Por que é chamada de centro formativo? Porque na memória tem lugar a formação… …intelectual dos conceitos. Entendido isso, faz-se urgente aprender a escutar com a mente nova, não repetindo o que se tem armazenado na memória.

Depois deste preâmbulo, vamos tratar de nós, vocês e eu, sobre ideias, conceitos etc.

Antes de tudo é imprescindível saber se o intelecto por si mesmo pode levar alguém alguma vez à experiência do REAL. Existem intelectos brilhantes e isto não o podemos negar, porém eles jamais experimentaram ISSO que é a VERDADE.

Antes também não será demais saber que há três mentes em nós. A primeira, poderíamos denominá-la de Mente Sensual; a segunda podemos considerar como a Mente Intermediária; a terceira é a Mente Interior…

Pensemos um pouco no que é esta MENTE SENSUAL que todos usamos diariamente. Eu diria que ela elabora o conteúdo de seus conceitos com os dados fornecidos pelos cinco sentidos e com o conteúdo desses conceitos forma seus raciocínios.

Olhadas as coisas deste ângulo, é óbvio que a razão subjetiva ou sensual tem por base as percepções sensoriais exteriores. Se como único impulso de seu funcionamento estão exclusivamente os dados recolhidos pelos cinco sentidos, sem dúvida tal mente não terá acesso ao que escapa do círculo vicioso das percepções sensoriais externas e, obviamente, nada poderá conhecer do Real…

Chega-me à memória nestes instantes algo muito interessante. Houve certa vez um grande congresso na Babilônia, na época dos esplendores egípcios. Veio muita gente da Assíria, do Egito, da Fenícia etc., ao citado congresso. É claro que o tema resultara interessante: queria se saber na base de puras discussões analíticas se o ser humano tinha ou não tinha Alma.

Então, obviamente, já os cinco sentidos haviam degenerado demasiadamente; só assim podemos explicar que aquelas pessoas escolhessem este tema como motivo de tal Congresso.

Em outros tempos, um congresso desse tipo teria resultado ridículo. Nunca haveria de ocorrer aos lemurianos celebrar um congresso desse tipo porque para as pessoas do continente MU bastaria sair do corpo para saber se tinham ou não tinham alma, o que faziam com tremenda facilidade, pois não estavam propriamente atrasados no manejo do mecanismo físico. De maneira que um tema desse tipo só poderia ocorrer a uma humanidade degenerada…

Certo é que houve muitas opiniões tanto a favor como contra a questão da alma. Por fim, subiu à Tribuna da Eloquência um grande Sábio Assírio, esse homem havia se aprimorado no Egito, havia estudado os Mistérios e falou em voz alta: “A razão nada pode saber sobre a Verdade, sobre o real, sobre a alma, sobre o imortal. A razão serve, da mesma forma, para sustentar uma teoria espiritualista como uma teoria materialista. Poderia elaborar uma tese espiritual com uma lógica formidável e poderia também estruturar em oposição uma tese materialista com uma lógica de tipo similar.”

“De maneira que a razão subjetiva, sensual, nutrida pelos dados recolhidos pelos cinco sentidos serve para ambos, pode fabricar teses do tipo espiritualista ou do tipo materialista, logo não é algo em que se possa confiar.”

“Existe um sentido diferente, trata-se do SENTIDO INSTINTIVO DE PERCEPÇÃO DAS VERDADES CÓSMICAS; é uma faculdade do Ser. Quanto à razão subjetiva, esta por si mesma não nos pode dar verdadeiramente nenhum dado sobre a Verdade, sobre o Real. A razão sensual nada pode saber dos Mistérios da Vida e da Morte.”

Assim falou aquele sábio e disse ainda mais: “Vocês me conhecem. Tenho prestígio diante de vocês. Vocês sabem muito bem que venho do Egito. Não há dúvida que minha vida foi diferente e minha mente sensual não conseguiria recolher dados sobre o real…”

Assim falou aquele homem e concluiu dizendo: “Vocês não podem saber com seus raciocínios nada sobre a Verdade, sobre a Alma e sobre o Espírito. A Mente Racional não pode saber nada dessas coisas…”

Bom, aquele homem conclui seu discurso com muita eloquência e retirou-se, afastou-se definitivamente de todo o escolastiquíssimo. Preferiu deixar de lado o raciocínio subjetivista e desenvolver em si aquela faculdade antes citada por ele e que se conhecia com o nome de “Percepção Instintiva das Verdades Cósmicas”, faculdade que outrora a humanidade em geral teve, mas que se atrofiou conforme o Eu psicológico, o mim mesmo, o si mesmo, foi se desenvolvendo…

Aquele sábio assírio, regressado do Egito, dizem que, afastado de toda escola, foi cultivar a terra e confiar exclusivamente naquela prodigiosa faculdade do Ser conhecida como “Percepção Instintiva das Verdades Cósmicas”…

Porém, iremos um pouco mais longe. Há uma mente diferente da Mente Sensual. Quero me referir de forma enfática à MENTE INTERMEDIÁRIA. Nessa Mente Intermediária, encontramos todo tipo de crenças religiosas. Obviamente que os dados fornecidos pelas religiões são absorvidos pela Mente Intermediária. Por último, existe ainda a mente interior, isto é algo que devemos esclarecer…

A MENTE INTERIOR, a qual em si mesma e por si mesma funciona exclusivamente com os fatos recolhidos pela consciência do Ser. A Mente Interior jamais poderia funcionar sem os dados que a Consciência Interior do Ser lhe proporciona. Eis aqui as Três Mentes.

A mente sensual, com todas suas teorias e excessos é conhecida nos evangelhos como a “LEVEDURA DOS SADUCEUS”. Jesus Cristo adverte dizendo: “Cuidai-vos da levedura dos saduceus”, isto é, das doutrinas materialistas, ateístas, como corresponde exatamente à doutrina dos saduceus da qual falava Jesus Cristo.

Mas, o Senhor de Perfeição também adverte quanto à “DOUTRINA DOS FARISEUS”. Essa doutrina corresponde à Mente Intermediária.

Quem são os “Fariseus”? São aqueles que frequentam seus Templos, suas Escolas, Religiões, Seitas etc., para que todos os vejam. Escutam a Palavra, porém não a executam em si próprios. “São como o homem que se olha num espelho e vai embora”… Frequentam unicamente para que os outros os vejam, mas jamais trabalham sobre si mesmos e isso é gravíssimo!

Tais pessoas contentam-se com meras crenças. Não lhes interessa a transformação íntima total. Perdem seu tempo miseravelmente e fracassam…

Cuidemos, portanto, da Levedura dos Saduceus e dos Fariseus e pensemos em abrir a Mente Interior. Como a abriremos? Sabendo PENSAR PSICOLOGICAMENTE.

Vocês aqui recebem aulas para Pensar Psicologicamente. Se alguém aprende a Pensar Psicologicamente, por fim consegue abrir a Mente Interior. A Mente Interior, repito, funciona com os dados da Consciência Superlativa do Ser. Então, experimenta graças a isso, a Verdade dos diversos fenômenos da Natureza.

Com amente interior aberta, poderemos falar, por exemplo, sobre a Lei do Carma, não pelo que se disse ou pelo que se deixou de dizer, mas por experiência direta.

Também, com a mente interior aberta, ficamos também suficientemente preparados para falar sobre a Reencarnação, Lei do Eterno Retorno, sobre a Lei da Transmigração das Almas etc. E o que faremos de fato, não baseados no que lemos de alguns autores ou no que escutamos, porém no que nós mesmos experimentamos de forma real e direta; isso é óbvio…

Dom Emmanuel Kant, o filósofo de Königsberg, faz uma distinção entre a crítica da razão subjetiva e a crítica da razão pura. Não há dúvida que a razão subjetiva racional, jamais poderia nos trazer nada que não pertencesse ao mundo dos cinco sentidos. O intelecto por si mesmo é racional e subjetivo…

Se um intelectual ouvir falar de temas como Reencarnação, sobre o Carma etc., exigirá provas, demonstrações. As verdades que só podem ser percebidas pela Mente Interior, jamais poderiam ser demonstradas à Mente Sensual.

Exigir provas no Mundo Sensorial Externo equivale a exigir de um bacteriologista que estude os micróbios com um telescópio ou como exigir a um astrônomo que estude os astros com um microscópio…

As provas, as exigem; mas as provas não podem ser dadas à Razão Subjetiva, porque a Razão Subjetiva ou Sensual não tem nada a ver com o que não pertence ao mundo dos cinco sentidos. E temas como o de Reencarnação, Karma, vida pós-morte etc. são, de fato, exclusivos da Mente Interna, nunca da Mente Sensual.

A Mente Interior pode ser demonstrada, porém, antes, exige-se do candidato uma prova que abriu a sua Mente Interior. Se não a abriu, como faríamos para efetuar uma demonstração desse tipo? Obviamente, aquilo seria impossível, não é verdade?

Visto isto com clareza, convém que agora nos aprofundemos um pouco na questão das faculdades. Um intelecto, por si mesmo, é uma das faculdades mais toscas dos Níveis do Ser. Se quisermos nos tornar totalmente intelectuais, jamais chegaremos à compreensão das Verdades Cósmicas.

Indubitavelmente, além do intelecto, há outra faculdade de cognição. Quero me referir de forma enfática à IMAGINAÇÃO. Muito se subestimou esta faculdade e alguns até a chamam pejorativamente de “a louca da casa”, título injusto porque se não fosse ela, não haveria o automóvel, o gravador, o trem etc.

O sábio que quiser inventar alguma coisa primeiro terá de a imaginar e em seguida plasmar a imagem no papel. O arquiteto que quiser construir uma casa, primeiro terá de a imaginar, depois sim poderá traçar o plano. De maneira que a imaginação permitiu a criação de todos os inventos, logo não é algo desprezível…

Que há várias categorias de imaginação… não o podemos negar! A primeira, poderíamos chamar de IMAGINAÇÃO MECÂNICA, a qual seria a mesma FANTASIA. Obviamente, ela está constituída por resíduos da memória, sendo até prejudicial.

Mas, existe um outro tipo de imaginação que é na realidade a IMAGINAÇÃO INTENCIONAL ou seja, IMAGINAÇÃO CONSCIENTE. Obviamente ela pode desenvolver-se de forma esplêndida e dar-nos acesso ao Ultra de todas as coisas.

A própria natureza possui imaginação. Isso é óbvio! Se não fosse pela imaginação, as criaturas da natureza seriam cegas, porém, graças a essa poderosa faculdade, a percepção existe, as imagens formam-se no centro perceptivo do ser ou centro perceptivo das sensações e assim podemos perceber.

A imaginação Criadora da Natureza deu origem às múltiplas formas existente em tudo o que é, em tudo que foi e tudo o que será…

Refiro-me a épocas como a dos hiperbóreos ou pré-lemurianos, em que o intelecto não era usado, mas a Imaginação. Assim, o ser humano era inocente e o maravilhoso espetáculo do Cosmos refletia-se como em um lago cristalino em sua imaginação. Era outro tipo de humanidade.

Hoje, causa dor ver como as muitas pessoas perderam até a própria Imaginação, isto é, esta preciosa Faculdade degenerou-se espantosamente.

É possível desenvolver a imaginação… Isto nos levaria além da Mente Sensual, isto nos ensinaria a PENSAR PSICOLOGICAMENTE. Já dissemos, e repetimos que somente com o Pensar Psicológico podemos abrir as portas da Mente Interior. Se alguém desenvolve a imaginação, aprende a Pensar Psicologicamente…

IMAGINAÇÃO, INSPIRAÇÃO E INTUIÇÃO são os três caminhos obrigatórios da INICIAÇÃO. Porém, se ficamos engarrafados exclusivamente no funcionamento místico sensorial do aparato intelectual, a subida pelos degraus da imaginação, da inspiração e da intuição não será possível de modo algum…

Não quero dizer a vocês que o intelecto seja inútil. Longe estou de fazer tal afirmação. Apenas estou esclarecendo conceitos.

Toda faculdade é útil dentro de sua órbita de atuação. Um planeta qualquer é útil em sua órbita, fora dela é inútil e catastrófico. A mesma coisa acontece com as faculdades do ser humano. Elas têm sua órbita. Querer tirar a razão de sua órbita, a Razão Sensual, é absurdo.

Por que muitas pessoas caem no ceticismo Materialista? A que se deve ainda que os estudantes de pseudo-esoterismo e pseudo-ocultismo, tão em voga por estes tempos, estão sempre lutando contra as suas dúvidas? Por que muitos andam borboleteando de escola em escola, chegando finalmente à velhice sem ter realizado nada?

Através da própria experiência pude observar que os que ficam engarrafados no intelecto, fracassam. Aqueles que querem comprovar com o intelecto as verdades que não são do intelecto, fracassam. Cometem o erro de querer estudar astronomia, falando alegoricamente, com o microscópio ou o de estudar bacteriologia com o telescópio.

Deixemos cada faculdade em seu lugar, em sua órbita. Precisamos pensar psicologicamente. É óbvio que devemos repelir com firmeza as doutrinas denominadas de “levedura dos saduceus e dos fariseus” e aprender a Pensar Psicologicamente.

Isso não seria possível se continuássemos engarrafados no intelecto. Então vale mais começar a subir pela escada da Imaginação, depois passaremos ao segundo nível da Inspiração para, por fim, chegarmos à Intuição.

Mas, vejamos como se DESENVOLVE A IMAGINAÇÃO. Pode se começar com um exercício simples, muitas vezes falei sobre o exercício do copo com água; trata-se de um exercício fácil: Coloca-se um copo com água perto de si. No fundo do copo, coloca-se um pequeno espelho. Acrescenta-se mercúrio (azougue) à água, algumas gotas. A concentração é feita no meio da água, isto é, sobre a água, de forma tal que a visão atravesse o cristal. Obviamente, assim se terá um esplêndido exercício para o desenvolver a Imaginação.

Se trata de ver nessa água a LUZ ASTRAL. Fará um grande esforço para vê-la. No princípio, nada será visto, isso é óbvio; depois de algum tempo de exercícios, você verá a água colorida: Começa a perceber a Luz Astral.

Aquele sentido da AUTO OBSERVAÇÃO PSICOLÓGICA entra em atividade. E muito mais tarde, se passar um carro pela rua, por exemplo, uma faixa de luz será vista na água e o carro movimentando-se por ela. Isso estará indicando que já se começa a perceber com a faculdade transcendental da imaginação.

Por fim, chegará o dia em que não mais precisará do copo com água para ver por que estará vendo o ar com diferentes cores, estará vendo a aura das pessoas. Bem sabemos que cada pessoa carrega uma AURA DE LUZ ao seu redor.

Essa aura tem DIVERSAS CORES. O céptico carrega sempre uma aura de cor verde brilhante, o devoto uma aura de cor azul, o amarelo revela muito intelectualismo, o verde sujo, ceticismo; o cinza, tristeza; o cinza chumbo, muito egoísmo; o negro representa ódio; o vermelho sujo, a luxúria e a fornicação; o vermelho brilhante ou cintilante, a ira etc.

Obviamente, para se ver assim a aura das pessoas deve-se trabalhar muito. Neste exercício, terá de se trabalhar pelo menos uns três anos, dez minutos diários, sem se deixar de trabalhar um único dia.

Obviamente, se alguém tem essa firmeza para praticar esse exercício por dez minutos diários, chegará o momento em que desenvolverá a faculdade da IMAGINAÇÃO OU CLARIVIDÊNCIA que é outro termo que poderíamos aplicar à Imaginação…

Porém, este não seria o único exercício para se desenvolver esta faculdade. Precisa-se de algo mais, precisa-se de Meditação…

Sentados em uma cômoda poltrona, com o corpo bem relaxado, ou deitado na cama com a cabeça voltada para o norte, devemos imaginar alguma coisa, por exemplo: a semente de uma roseira. Imaginamos que ela foi semeada cuidadosamente em uma terra negra e fértil e que agora a regamos com a água pura da vida. Continuamos com o processo imaginativo e transcendental ao mesmo tempo, visualizando como brotam as espigas daquele talo e por fim os raminhos e as folhas. Imaginamos compor aqueles raminhos cobrem-se de folhas completamente e aparece um botão que se abre delicadamente ( e é a rosa).

No “Estado de MANTEYA”, como disseram os Iniciados de Elêusis, falando ao modo grego ou de Orfeu, diríamos que convém até sentir em si mesmos o próprio aroma que escapa dentre as pétalas vermelhas ou brancas da preciosa rosa.

A segunda parte do trabalho imaginativo consistiria em visualizar o processo do morrer de todas as coisas.

Bastaria imaginar como aquelas perfumadas pétalas vão caindo, como pouco a pouco vão murchando, como aqueles ramos outrora tão fortes convertem-se depois de algum tempo em uma porção de lenha. Por fim, chega o vendaval, o vento, e arrasta todas as folhas e toda a lenha.

É uma meditação profunda sobre o processo de nascer e do morrer de todas as coisas. Esse exercício praticado de forma assídua, diariamente, é claro que com o tempo nos dará a percepção interior profunda daquilo que poderíamos denominar de MUNDO ASTRAL.

Primeiramente, é bom ainda advertir a todo aspirante que qualquer exercício esotérico, incluindo este, requer CONTINUIDADE DE PROPÓSITOS. Se praticamos hoje e amanhã não, cometemos um erro gravíssimo. Existindo de verdade APLICAÇÃO NO TRABALHO ESOTÉRICO, é possível o desenvolvimento dessa Faculdade preciosa da IMAGINAÇÃO…

Uma vez que, durante a meditação, surja em nossa imaginação algo novo, algo diferente da rosa, será sinal evidente que estamos progredindo. No princípio, as imagens carecem de colorido, mas conforme formos trabalhando, elas irão se revestindo de múltiplos encantos e cores. Progredindo no desenvolvimento interior profundo, um pouco mais avançados nesta questão, chegaremos à recordação de nossas vidas anteriores.

Inquestionavelmente, quem tiver desenvolvido em si mesmo a faculdade imaginativa, poderá capturar ou apreender com este DIÁFANO ou TRANSLÚCIDO o último instante de sua passada existência. Esse espelho translúcido da imaginação o refletirá moribundo em seu leito se é que morreu em sua cama (porque, entre parênteses, alguém poderia morrer em um campo de batalha ou por um acidente)…

Seria interessante ver seus seres queridos, a esses que na existência anterior nos acompanhou nos últimos instantes, aos que escutaram os gritos de dor na hora suprema.

Continuando com este processo tão maravilhoso relacionado com a imaginação, poderia se tentar conhecer agora não só o último instante da vida anterior, mas o penúltimo, o antepenúltimo… os últimos anos, os penúltimos, o período da juventude, da adolescência, da infância etc. Assim se recapitularia toda uma vida passada.

Da mesma forma, levado mais longe, isso permitiria também que capturássemos cada uma de nossas vidas anteriores até chegarmos, por experiência direta, à verificação da LEI DO ETERNO RETORNO DE TODAS AS COISAS.

Mas não é precisamente o intelecto que pode verificar esta lei. Com o intelecto, podemos talvez discutir, afirmar ou negar, porém isso não é verificação.

Assim, pois, convido todos a compreenderem. A imaginação abrirá as portas dos Paraísos Elementais Da Natureza.

Se com a imaginação tratamos de ver uma árvore se meditarmos nela veremos que é composta de uma multidão de pequenas folhas. Percebemos a sua fisiologia, suas raízes, seus frutos, mas também conseguiremos nos aprofundar um pouco mais e ver a vida íntima da alma. Sem dúvida alguma isso que poderíamos denominar de “ESSÊNCIA” ou “ALMA”.

Quando alguém está em estado de Samadhi, Êxtase ou Arrebatamento percebe a Consciência de um vegetal.  É óbvio, perfeitamente e claro que esta é uma CRIAURA ELEMENTAL, uma criatura que tem uma vida não perceptível para os cinco sentidos, não perceptível para a capacidade intelectual, excluída completamente do terreno Místico-Sensorial, mas perfeitamente perceptível para o Translúcido.

Resulta interessante saber que em passos posteriores se pode chegar a conversar, dialogar, com esse Elemental.

Obviamente, na quarta vertical, há surpresas insólitas. Indubitavelmente, a Terra prometida da qual nos fala a Bíblia é a própria quarta dimensão, a quarta vertical da natureza; o paraíso terrestre é a quarta coordenada. Quando se diz: A terra prometida onde os rios de água pura manam leite e mel, faz-se referência justamente à quarta dimensão do nosso planeta Terra.

A Imaginação Criadora, o Translúcido, o Espelho maravilhoso da Alma, bem desenvolvido com a eficiência ideal, mediante regras esotéricas exatas, sem dúvida nos permite a verificação do que aqui estou afirmando de forma enfática.

Assim pois, lhes convido à análise superlativa de tudo isso. Eu os convido a desenvolver essa Faculdade Cognitiva conhecida como “Imaginação”. É uma Faculdade extraordinária…

Na Quarta Vertical, descobrimos templos extraordinários; e que a VIDA ELEMENTAL é classificada pelo Logos: uma é a família, por exemplo, dos Laranjais  e outra dos Eucalipitos. Para cada família de plantas existem os Templos da Natureza.

Os DEVAS citados pelos textos teosofistas, pseudo-esotéricos ou ocultistas, governam a vida Elementar. Esses Devas são Homens perfeitos, no sentido mais completo da palavra, Iniciados que sabem manipular as Leis da Natureza.

A Imaginação Criadora permite verificar por si mesmo que a Terra não é um organismo morto, algo rígido, uma crosta física desprovida de vida. A Imaginação Criadora permite que se saiba que a Terra é um organismo vivo.

Chega-me nestes momentos à memória aquela afirmação neoplatônica de que “a Alma do Mundo está crucificada na Terra”… Essa Alma do Mundo é constituída por um conjunto de almas, um conjunto de vidas que palpitam e têm realidade.

Para as pessoas HIPERBÓREAS, os vulcões, os profundos mares, os metais, as gargantas das montanhas, o furioso, o fogo flamejante, as pedras rugidoras, as árvores etc., não são senão o corpo dos Deuses.

Os Hiperbóreos não viam a Terra como algo morto. Para eles o mundo estava vivo, era um organismo que tem vida e em abundância. Então, falava-se no OURO PURISSÍMO DA DIVINA LÍNGUA que, como um rio de ouro, corre sob a espessa selva do Sol…

Este que sabia tocar a lira e dela arrancava-se as mais extraordinárias sinfonias… A Lira de Orfeu ainda não havia caído e feita em pedações sobre o pavimento do Templo.

Esses eram outros tempos, essa era a época da ANTIGA ARCÁDIA em que se rendia culto aos Deuses da Aurora e quando se festejava cada nascimento com festas místicas, transcendentais.

Se vocês desenvolverem de forma eficiente a Faculdade da Imaginação, não somente poderão recordar de suas vidas anteriores como ainda comprovar de forma específica o que aqui estou expressando didaticamente com completa clareza.

No entanto, a Imaginação em si mesma e por si mesma não é mais do que o primeiro escalão, um segundo escalão mais elevado nos leva a INSPIRAÇÃO.

A Faculdade da Inspiração permite-nos dialogar, frente a frente, com toda partícula de vida Elemental, a Faculdade da nossa inspiração permite que sintamos em nós mesmos o palpitar de cada coração…

Imaginemos novamente, por um momento, o exercício de imaginação da roseira. Se depois de tudo, se concluída a meditação no processo de nascer e morrer da mesma (desaparecidas a lenha e as pétalas da flor), queremos ainda saber de mais alguma coisa, precisaremos da Inspiração…

A planta nasceu, deu frutos, morreu e depois de tudo o que acontece? Então necessitamos da Inspiração para saber qual é o significado desse nascer e desse morrer de todas as coisas.

A faculdade da inspiração é ainda mais transcendental e necessita de um gasto maior de energia. Trata-se de deixar de lado o símbolo sobre o qual estivemos meditando (a roseira) para tratarmos então de capturarmos o seu significado interior. Para isso, precisa-se da FACULDADE DA EMOÇÃO, O CENTRO EMOCIONAL.

O centro emocional vem, portanto, a valorizar o Trabalho Esotérico da Meditação, o Centro Emocional nos permite sentirmos inspirados e logo inspirados, conheceremos o significado do nascer e do morrer de todas as coisas…

Com a Imaginação, podemos verificar a realidade da existência anterior; com a Inspiração poderíamos capturar o significado da existência; seu motivo, sua causa, seu porquê…

A Inspiração, pois, está um passo mais além da Faculdade da Imaginação Criadora. Com a Imaginação podemos verificar a realidade da Quarta Vertical, mas a Inspiração nos permitirá capturar seu profundo significado…

Por último, mais além da Faculdade da Imaginação e da Inspiração, teremos de chegar às alturas da Intuição. Assim, pois, Imaginação, Inspiração e Intuição são os três degraus da INICIAÇÃO…

A INTUIÇÃO é algo diferente. Voltemos ao exemplo da roseira. Indubitavelmente, com o processo da imaginação, durante o exercício esotérico transcendental, vimos diversos processos: vimos como a roseira cresceu, como floriu e por último como morreu e se converteu num monte de lenha…

A Inspiração nos permite conhecer o significado de tudo isso, mas a Intuição nos levará à realidade espiritual de tudo. Através dessa preciosa Faculdade Superlativa, entraremos num mundo de uma espiritualidade singular e nos encontraremos face a face com o Elemental (visto com a Imaginação), o Elemental da roseira. Ainda mais, nos encontraremos com a Chispa Virginal, com a Mônada Divina, com a Suprema Partícula Ígnea da Roseira. Entraremos num mundo onde estão os Elohim Criadores citados na Bíblia Mosaica ou Hebraica. Veremos todas as Hostes Criadoras do Exército da Palavra, isto é, teremos achado o Demiurgo Criador do Universo…

É essa Intuição que nos permitirá conversar cara a cara com os Arcanjos, com os Tronos… e já não serão para nós, uma mera especulação ou crença, senão uma realidade palpável, manifesta.

A Intuição nos permitirá o acesso às Regiões Superiores do Universo e do Cosmo. Por meio da Intuição poderemos estudar a Cosmo Gênese, a Antropogênese etc…

A intuição nos permitirá penetrar nos Templos da Fraternidade Universal Branca, nos Templos dos Elohim, Prajapatis, Kumarás ou Tronos.

A Intuição nos permitirá conhecer a Gênese de nosso mundo. Com a Intuição poderemos assistir à própria Aurora da Criação; saber, não pelo que alguém disse senão por via direta como surgiu este mundo dentre o Caos de que forma foi criado, de que maneira surgiu dentro do concerto dos mundos…

A Intuição nos permitirá saber de forma específica e direta o que não sabem os brilhantes intelectos da época…

Existem muitíssimas teorias em relação ao mundo, ao Universo, ao Cosmo e elas passam de moda constantemente como os remédios de farmácia, como as modas das damas e dos cavalheiros.

A uma teoria segue outra, e outra, outra e, por fim, o intelecto não faz senão especular e fantasiar aleatoriamente sem poder jamais experimentar o Real; mas a Intuição que é uma Faculdade Cognitiva Transcendental permite a alguém conhecer o Real.

Grandioso é poder assistir ao espetáculo do Universo; alguém sentir-se por um momento à parte da Criação; olhar o mundo como se fosse um teatro e ele um espectador; evidenciar como um cometa sai dentre o Caos, como surge do Não Ser, (que é o Real Ser), qualquer unidade cósmica, etc.

A Intuição permite a alguém saber que a Terra existe por causa do Carma dos Deuses, porque senão, não existiria. É a Intuição que permite a alguém verificar o cru realismo de tal Carma.

Certamente aqueles Elohim, Prajapatis ou Pais que em seu conjunto constituem o Divinal, atuaram num passado ciclo de manifestação muito antes que a Terra e o Sistema Solar houvessem surgido…

Vejamos um caso muito interessante: Muito se tem discutido sobre a Lua. As pessoas pensam que a Lua é um pedaço da terra lançado pela força centrífuga do Universo no espaço, algo equivalente ao se disparar um foguete atômico. No entanto, a Intuição permite verificar as coisas de forma completamente diferente. A Intuição permite a uma pessoa saber que a Lua é muito mais antiga que a Terra.

Por essa razão é que os nossos antepassados de Anahuac diziam: “A avó Lua”. Obviamente ela é nossa avó. Ela é a mãe da Terra e a Terra é a nossa mãe. Em síntese: é nossa avó! Sábios conceitos de Anáhuac!…

A Terra, realmente, surgiu mais tarde no decorrer dos séculos. A Lua foi um mundo rico no passado: Teve vida mineral, vegetal, animal e humana, mares profundos, vulcões que entrarão em erupção, etc. Até os próprios cientistas atuais tiveram que se render ante a evidência concreta de que a Lua é mais antiga que a Terra.

Aqueles Iniciados que cometeram o erro de afirmar que a Lua foi um pedaço desprendido da terra, agora ficaram mal quando se verificou com aparatos especiais, mediante o estudo dos pedaços de rocha trazidos da Lua, que esta é mais antiga do que a Terra, e de fato é. A Lua teve humanidade, vida vegetal, foi um mundo rico…

Porém por que se converteu em Lua? A Intuição permite a uma pessoa saber que tudo o que nasce tem que morrer e que todo mundo do espaço estrelado, ao longo de seu processo, se converterá em uma nova Lua. Essa Terra que nós habitamos, um dia envelhecerá, morrerá e se converterá em uma nova Lua.

Existem luas tão pesadas como, por exemplo, a Lua que gira ao redor do Sol Sírio que tem uma densidade cinco mil vezes maior que a do chumbo…

Portanto, voltando ao assunto de nossa Lua diremos que é a “Mãe da terra”. Porém, por que faço esta afirmação?

Por meio da Intuição vemos como depois que a velha Lua, nossa avó, morreu, a ANIMA-MUNDI Lunar (crucificada naquele satélite), submergiu no seio do Eterno Pai Cósmico Comum (o Absoluto). Quando chegou uma nova época de manifestação, depois de um longo intervalo, quando chegou, diríamos, “um novo Grande Dia de atividade”, essa Mãe-Lua, essa Anima-Mundi reconstruiu um novo corpo, reencarnou-se, formou seu novo corpo que é esta Terra.

Todas as criaturas que outrora existiram na Lua morreram, porém os germens projetados pelos raios cósmicos ficaram depositados aqui, neste novo planeta: até nos germens de nossos próprios corpos! Por tal motivo somos filhos da Lua que é a mãe de todos os viventes e ela é a mãe da Terra…

Quando alguém faz uma afirmação desta diante de pessoas instruídas, diante dos eruditos do intelecto, diante daqueles que estão acostumados a fazer malabarismos com a mente, diante dos fanáticos dos silogismos e dos pro silogismos e dos silogismos do Racionalismo Subjetivo, obviamente se expõem ao escárnio, ao sarcasmo, à ironia, à mofa e à sátira porque isto não pode ser admitido jamais pelo Racionalismo Subjetivo do intelecto. Isto que estou dizendo somente pode ser acessível à Intuição.

Se vocês querem algum dia chegar de verdade à ILUMINAÇÃO, à percepção do Real, ao conhecimento completo dos Mistérios da Vida e da Morte, necessitarão subir, inquestionavelmente, pela escadaria maravilhosa da Imaginação, da Inspiração e da Intuição. O mero racionalismo jamais poderia levar vocês a estas experiências íntimas, profundas…

De modo algum nos pronunciaríamos contra o intelecto. O que queremos é especificar funções e isso não é um delito.

Indubitavelmente, o intelecto é útil dentro de sua órbita. Fora de sua órbita, repito o que já mencionei no início desta cátedra, resulta inútil. Porém se nos fanatizamos com o intelecto e prontamente negamos a querer subir pelo degrau da Imaginação, jamais chegaríamos a Pensar Psicologicamente.

Quem não sabe Pensar Psicologicamente fica preso absolutamente no Místico-Sensorial e pode até converter-se efetivamente num fanático da Dialética Marxista…

Só o PENSAR PSICOLÓGICO abrirá a MENTE INTERIOR, isso é óbvio. Quem subiu até os degraus da Inspiração e da Intuição, sem dúvida, de fato abriu as postas maravilhosas da mente interior. Surgem os INTUIÇÕES internamente e se expressam através da Mente Interior, quer dizer, a Mente Interior serve de veículo à Intuição.

Essa Mente Interior é a mesma RAZÃO OBJETIVA especificada com clareza por um Gurdjieff, por um Ouspensky, ou por um Collins, ou por um Nicoll.

Possuir a Razão Objetiva é o mesmo que ter a Mente Interior aberta. A Mente Interior funciona exclusivamente com os Intuitivos, com os dados do Ser, da Consciência, do Superlativo, do Étnico, daquilo que é transcendental e transcende em nós, e não de outro modo…

Bem, havendo delineado este tema, fica aberta a discussão. O que queira perguntar pode assim fazer com total liberdade, o que não estiver de acordo pode refutar livremente porque aqui há liberdade para todos. De maneira… Pode tomar a palavra…

P. Mestre, eu gostaria de saber se existe alguma diferença entre Intelecto e Mente…

R. O intelecto e a Mente, no fundo, são a mesma coisa. Porém a Mente não cultivada, não é intelecto; a Mente cultivada é intelecto. Alguém poderia ser muito inteligente e no entanto não possuir intelecto. Portanto, não existe diferença substancial senão acidental. Distinga-se entre POTÊNCIA e ACIDENTE de acordo com a Lógica Formal.

Vamos ver, não temam, perguntem, para irmos esclarecendo pontos. Vamos, pode tomar a palavra…

P. Venerável Mestre, eu gostaria de saber o que é a Transmigração das Almas.

R. Bom, com muito gosto, porém nós saímos do tema.

P. É…

R. Bom, a Transmigração das Almas ou famosa Metempsicose de Pitágoras… Precisamente neste momento em que você faz esta pergunta, me vem à memória um caso interessante…

Algum dia, pelas ruas de Atenas um cão latiu (não somente latiu, como gritou e uivou). O fato é que Pitágoras andava por ali junto com seus discípulos. Aborrecido, um de seus discípulos deu uns pontapés no pobre cão, sendo por isto repreendido pelo sábio que disse: “Não golpeie esse animal porque nele reconheci a alma de um amigo meu que morreu faz tantos anos”…

Diríamos que é algo insólito, certo? E merece uma explicação sobre isso. Krishna ensinava a Doutrina da Transmigração das Almas (que é o mesmo que a Metempsicose se Pitágoras)… Vale a pena explicar isso de verdade.

Ocorre que todo ser humano, todo humanoide, para falar mais claro, possui o que poderíamos denominar de Ego animal. O Ego não é algo meramente individual…

P.O que representa a Esfinge com a metade do corpo em forma de animal e o rosto de homem?

R. O rosto representa o Mercúrio da Filosofia Secreta, o esperma sagrado de onde sai o Homem Verdadeiro. Quanto às asas, obviamente representam o Espírito. A Esfinge é importantíssima, ela veio da Atlântida, lá a usavam na Universidade Atlante os membros da “Sociedade Akaldan”. Esta Sociedade Akaldan tinha sempre a Esfinge ali, para representar o Homem, para representar o Caminho que conduz à liberação final.

Originalmente, a cabeça da esfinge tinha uma coroa de nove pontas de aço, que representa a Nona Esfera, o sexo; tinha um báculo em sua garra direita, em sua outra mão a espada flamígera (originalmente, é claro, já que a atual está despojada de tudo isso, porém originalmente tinha isso tudo)… Significa o caminho Esotérico, o caminho sagrado que há que se fazer, os Mistérios da Nona Esfera, o sexo, o trabalho com os Quatro Elementos da Natureza dentro de nós mesmos aqui e agora para poder fabricar os Corpos Existenciais Superiores do Ser e converter-se em um Homem Verdadeiro.

Porém, nisso há que distinguir entre a roda que gira incessantemente do Arcano 10 do Tarô (que é a Roda do Samsara) e a Esfinge. A Roda do Samsara significa a Evolução e sua irmã gêmea a Involução; pela direita Anúbis evoluindo, pela esquerda Tifão involuindo.

A Esfinge está sobre a roda, ela é o Caminho da Revolução da Consciência; devemos nos meter pelo Caminho da Revolução em marcha, da rebeldia psicológica… Esse é o Caminho que nos leva à Revolução Final; Temos que nos afastar da Evolução e da Involução e entrarmos pela Senda da Revolução em marcha, ser revolucionários, ser rebeldes. Se é que queremos realmente chegar a liberação, necessitamos da grande Rebeldia Psicológica.

P. Mestre, creio que todos já ouviram falar, até aparece nos jornais, sobre o “cinturão da morte” que se encontra no Atlântico. Poderia nos explicar que fenômenos ocorrem por lá?

R. Aquele triângulo que há por ali nas Antilhas, no Atlântico: Há uma zona onde muitos aviões se perderam porque entraram com facilidade na Quarta Vertical. Em tais casos, ocorre uma perfuração muito natural por onde em muitas épocas passa-se para a Quarta Vertical. A Quarta Vertical está perfurada, é muito natural isso. nessa zona há perfurações, por isso muita gente, navios etc., perderam-se nessa zona; submergem na Quarta Vertical e seguem vivendo na Quarta Vertical.

P. Não há forma de sair?

R. Pois melhor nem sair; para que?

P. Com corpo físico?

R. Com o corpo de carne, osso e tudo, mas não vai se meter por ali. Agora se você quer ir viver na quarta vertical, te aconselho a ir.

P. Você não disse que é melhor nem sair?

R. Bom, é “difícil” porque depois que a Quarta Vertical traga alguém, é melhor que fique vivendo ali e quem vive na Quarta Vertical, vive bem. Ali ele pode comer, pode dormir, pode viver da mesma forma, normal, iluminado pela luz do Sol, ele descobre que existem raças humanas lá; as pessoas não vivem apenas aqui, há muitas pessoas que vivem na Quarta Vertical; há uma raça muito bonita, especialmente, que eu realmente gostei.

Samael Aun Weor