B-08. Kundalini e Tantrismo

KUNDALINI E TANTRISMO

Extratos do Trabalho de

Samael Aun Weor

O MATRIMÔNIO PERFEITO

Capítulo IV – O Abismo

As tradições cabalistas dizem que Adão tinha duas esposas: Lilith e Nahemah. Lilith é a mãe dos abortos, homossexualismos, e em geral, de todo tipo de crimes contra a natureza. Nahemah é a mãe da beleza maligna, da paixão e do adultério.

O abismo divide-se em duas grandes regiões. As esferas de Lilith e de Nahemah. Nestas duas grandes regiões reina soberana a infra sexualidade.

ESFERA DE LILITH

Na esfera infra sexual de Lilith vivem aqueles que odeiam o sexo. Monges, anacoretas, pregadores de seitas tipo pseudo-esotéricas, pseudo iogues que odeiam o sexo, monjas, etc., etc. Todas estas pessoas infra sexuais, pelo fato mesmo de serem infra sexuais, costumam ter afinidade com pessoas do sexo intermediário. Assim não é difícil encontrar o homossexualismo em muitos conventos, religiões, seitas e escolas do tipo pseudo-esotéricas. Os infra sexuais consideram-se a si mesmos como pessoas do tipo imensamente superiores às pessoas de sexo normal. Eles olham com desprezo às pessoas de sexo normal considerando-as inferiores. Todos os tabus e restrições, todos os preconceitos que atualmente condicionam a vida das pessoas de sexo normal, foram firmemente estabelecidos pelos infra sexuais.

Conhecemos o caso de um velho anacoreta que pregava certa doutrina de tipo pseudo-ocultista. Todos reverenciavam àquele homem considerando-o santo. Aparentemente era um Mestre, e as pessoas o veneravam. Ao final uma pobre mulher descobriu tudo, quando este lhe propôs uma união sexual contra a natureza, disse que era para iniciá-la. Realmente este anacoreta era um INFRA SEXUAL. No entanto, disse que tinha feito voto de castidade. Aquele homem odiava mortalmente o Arcano A.Z.F, (a Magia Sexual) e a considerava perigosa, mas não tinha inconveniente algum em propor a suas devotas uniões extra vaginais porque realmente era um infra sexual. Quem podia duvidar deste homem? Aparentemente era um santo. Assim as pessoas acreditavam… Seus seguidores consideravam-lhe mestre. Odiava o sexo. Sim, o odiava mortalmente. Essa é a característica dos degenerados infra sexuais. O mais grave de tudo é que eles se autoconsideram superiores às pessoas de sexo normal. Sentem-se SUPER TRANSCENDIDOS, e chegam a seduzir às pessoas de sexo normal e convertem-nas em seus seguidores. Em nossa missão de divulgação esotérica gnóstica, temos a oportunidade de estudar os infra sexuais. Frequentemente os escutamos dizendo frases como as seguintes: “vós os gnósticos sois egoístas porque todas as horas estais pensando unicamente em vosso Kundalini e na Magia Sexual”; “sois uns fanáticos do sexo”; “A Magia Sexual é puramente animal”. “O sexo é algo muito grosseiro; eu sou espiritualista e detesto tudo que seja materialista e grosseiro”; “o sexo é imundo”; “existem muitos caminhos para chegar a Deus”; “Eu vivo unicamente para Deus e não me interessam essas porcarias do sexo”. “Eu sigo a castidade e detesto o sexo”, etc., etc. Esta é precisamente a linguagem dos infra sexuais. Sempre autossuficientes; sempre com o orgulho de sentirem-se superiores às pessoas de sexo normal. Uma mulher infra sexual que odiava o marido nos disse: “Eu só praticaria a Magia Sexual com meu Guru”. Esta frase, a disse na presença de seu marido. Aquela mulher não tinha relação sexual com o marido aparentemente porque odiava o sexo; no entanto, aceitou praticar Magia Sexual, mas unicamente com seu Guru. Ela tinha afinidade com o Guru porque este era também infra sexual. Este é o “santo” já citado neste capítulo. Aquele que gozava propondo às devotas uniões sexuais contra a natureza.

Conhecemos o caso de um ARQUI-HIEROFANTE que odiava às mulheres e frequentemente dizia frases como esta: “eu às mulheres, dou com os pés”. Pregava uma doutrina e seus seguidores lhe adoravam como a um deus. Vivia sempre rodeado de adolescentes, e assim passava o tempo até que a polícia descobriu tudo. Era um invertido, um homossexual corruptor de menores. No entanto ele tinha o orgulho de todos os infra sexuais: o orgulho de sentir-se super transcendido, inefável, divino.

A Esfera de Lilith é a esfera da grande heresia. Estas pessoas já não têm possibilidade de redenção porque odeiam ao Espírito Santo. “Toda classe de pecados serão perdoados, menos o pecado contra o Espírito Santo”.

A energia sexual é uma emanação da Mãe Divina. Aquele que renuncia à Mãe Cósmica, aquele que odeia à Mãe Divina, aquele que profana a energia da Mãe Divina se afundará no abismo para sempre. Ali terá que passar pela segunda morte.

PSICOLOGIA DA ESFERA DE LILITH

A esfera de Lilith distingue-se por sua crueldade. A psicologia desta esfera tem vários aspectos: monges e monjas que odeiam o sexo. Homossexualismo nos conventos. Homossexualismos fora de toda a vida monástica. Abortos provocados. Pessoas que amam a masturbação. Pessoas criminosas do bordel. Pessoas que sentem prazer torturando os outros. Nesta esfera encontramos os crimes mais horríveis que registram as crônicas da polícia. Casos horríveis de sangue, CRIMES DE ORIGEM HOMOSSEXUAL. Sadismo espantoso. Homossexualismo nos cárceres. Homossexualismo entre mulheres. Crimes mentais espantosos. Aqueles que gozam fazendo sofrer ao ser que amam. Infanticídios horríveis. Parricídios, matricídios, etc., etc. Pessoas pseudo-ocultistas que preferem sofrer de poluções noturnas ao invés de casarem-se. Pessoas que odeiam mortalmente o Arcano A.Z.F; e o Matrimônio Perfeito. Pessoas que creem chegar a Deus odiando o sexo. Pessoas anacoretas que odeiam o sexo, que o consideram como vulgar e grosseiro.

ESFERA DE NAHEMAH

A Esfera de Nahemah seduz com o encanto de sua beleza maligna. Nesta esfera INFRA SEXUAL encontramos todos os “Juan Tenório e as donas Inês”. Nesta esfera desenvolve-se o mundo da prostituição. Os infra sexuais de Nahemah sentem-se muito homens. Nesta esfera vivem aqueles que têm muitas mulheres. Eles se sentem felizes no adultério. Se creem muito homens, ignoram que são infra sexuais.

Na esfera de Nahemah encontramos também milhões de prostitutas. Essas pobres mulheres são vítimas do encanto fatal de Nahemah. Na esfera de Nahemah encontramos elegantes senhoras de alta posição social. Essas pessoas são felizes no adultério. Esse é seu mundo.

Na região infra sexual de Nahemah encontramos doçura que comove a Alma. Virgindades que seduzem com o encanto de suas ternuras. Mulheres belíssimas que seduzem. Homens que abandonam seus lares enfeitiçados pelo encanto dessas beldades preciosíssimas. Encantamentos indescritíveis. Paixões incontroláveis, salões preciosíssimos, elegantes cabarés, leitos macios, bailes deliciosos, orquestras do abismo, palavras de romance que não se pode esquecer, etc., etc.

OS INFRA SEXUAIS DE NAHEMAH às vezes aceitam o Arcano A.Z.F; (a Magia Sexual) mas fracassam porque não conseguem evitar a ejaculação do sêmen. Quase sempre se retiram do Matrimônio Perfeito falando horrores contra este.

Ouvimo-nos dizendo: “eu pratiquei Magia Sexual e às vezes consegui sustentar-me sem derramar o sêmen. Eu era um animal gozando das deliciosas paixões do sexo”. Depois de retirar-se do Caminho do Fio da Navalha representado pela medula espinhal, buscam refúgio em alguma sedutora doutrina de Nahemah, e se tem a sorte de não cair na esfera de Lilith, então continuam ejaculando o licor seminal. Esse é seu mundo infra sexual.

PSICOLOGIA DA ESFERA DE NAHEMAH

Os habitantes infra sexuais da esfera de Nahemah são delicadíssimos. Eles são os que dizem frases como estas: “a ofensa se lava com sangue”, “Matei por honra de homem”. “Minha honra desprezada”. “Sou um marido ofendido”, etc.

O tipo de Nahemah é daquele que se joga à vida por qualquer mulher. O tipo passional, amante do luxo, escravo dos preconceitos sociais, amigo de bebedeiras, banquetes, festas, modas elegantíssimas, etc., etc.

Estas pessoas consideram o Matrimônio Perfeito como algo impossível e, quando o aceitam, duram muito pouco neste caminho porque fracassam. Este tipo de pessoas desfrutam com brutalidade no sexo. Quando este tipo de pessoas aceita o Arcano A.Z.F., utilizam-no para gozar a luxúria, e assim que encontram alguma doutrina sedutora que lhes brinde com refúgio, então retiram-se do Matrimônio Perfeito.

MÍSTICA DE NAHEMAH

Algumas vezes encontramos tipos místicos na esfera infra sexual de NAHEMAH. Estes não bebem, nem comem carnes, nem fumam, ou são muito religiosos apesar de não serem vegetarianos. O tipo místico de Nahemah é somente passional em segredo. Desfruta violentamente nas paixões sexuais ainda que depois esteja pronunciando terríveis sentenças contra a paixão sexual. Ás vezes aceitam o Arcano A.Z.F., mas retiram-se pouco tempo depois quando encontram alguma doutrina consoladora que lhes diga frases como estas: “Deus disse: crescei e multiplicai”. “O ato sexual é uma função puramente animal e a espiritualidade nada tem a ver com este ato”, etc., etc. Então o infra sexual de Nahemah, encontrando justificativa para ejacular o licor seminal, retira-se da Senda do Matrimônio Perfeito.

 

Capítulo V – Sexualidade Normal

Entenda-se por pessoas de sexualidade normal aquelas que não têm conflito sexual de nenhuma espécie. A energia sexual divide-se em três tipos distintos. Primeiro: A energia que está relacionada com a reprodução da raça e a saúde do corpo físico em geral. Segundo: A energia que se encontra relacionada com as esferas do pensamento, sentimento e vontade. Terceiro: A energia que se encontra relacionada com o Espírito Divino do homem.

A energia sexual é realmente sem dúvida alguma, a energia mais sutil e poderosa que normalmente se produz e conduz através do organismo humano. Tudo o que o homem é, incluindo as três esferas do pensamento, sentimento e vontade, não é senão resultado exato das distintas modificações da energia sexual.

Devido ao aspecto tremendamente sutil e poderoso da energia sexual fica realmente difícil o controle e armazenamento desta energia. Além disso, sua presença representa uma fonte de imenso poder, que se não se sabe manejar pode chegar a produzir uma verdadeira catástrofe.

Existem no organismo certos canais por onde normalmente deve circular esta poderosa energia. Quando esta energia chega a infiltrar-se no delicado mecanismo de outras funções, então o resultado violento é o fracasso. Neste caso muitos centros delicadíssimos do organismo humano sofrem danos, e o indivíduo torna-se de fato um infra sexual.

Toda atitude mental negativa pode conduzir direta ou indiretamente a estas catástrofes violentas e destruidoras da energia sexual. O ódio ao sexo, o ódio ao Arcano A.Z.F., o asco ou repugnância pelo sexo, o desprezo ao sexo, a subestimação do sexo, os ciúmes passionais, o medo do sexo, o cinismo sexual, o sadismo sexual, a obscenidade, a pornografia, a brutalidade sexual, etc., etc., transformam o ser humano em infra sexual.

O sexo é a função criadora pela qual o ser humano é um verdadeiro Deus. A sexualidade normal é resultado da plena harmonia e concordância de todas as demais funções. A sexualidade normal nos confere o poder de criar filhos sãos, ou de criar no mundo da arte, ou das ciências. Toda atitude mental negativa para com o sexo produz infiltrações desta poderosa energia em outras funções, provocando pavorosas catástrofes cujo resultado fatal é a infra sexualidade.

Toda atitude negativa da mente força a energia sexual e a obriga a circular por canais e sistemas aptos para as energias mentais, volitivas, ou qualquer outro tipo de energias menos poderosas que a energia sexual. O resultado é fatal porque esse tipo de canais e sistemas, não podendo resistir à tremenda voltagem da energia poderosíssima do sexo, esquentam-se e fundem-se como um cabo muito pequeno e fino quando passa por ele uma corrente elétrica de alta tensão.

Quando o homem e a mulher se unem sexualmente no Matrimônio Perfeito são, nestes instantes de voluptuosidade, verdadeiros deuses inefáveis. O homem e a mulher sexualmente unidos, formam um Andrógino Divino Perfeito. Um Elohim macho-fêmea. Uma divindade terrivelmente divina. As duas metades separadas desde o amanhecer da vida, unem-se por um instante para criar. Isso é inefável… sublime… isso é coisa de paraíso.

A energia sexual é perigosamente volátil e potencialmente explosiva. Durante o ato secreto, durante o êxtase sexual, o casal está rodeado desta tremenda energia terrivelmente divina. Nestes instantes de felicidade suprema e de beijos ardentes que incendeiam as profundezas da Alma, podemos reter essa luz maravilhosa para purificar-nos e transformar-nos absolutamente. Quando se derrama o Vaso de Hermes, quando vem o derrame, a luz dos deuses retira-se deixando abertas as portas para que entre no lar a luz vermelha e sanguinolenta de Lúcifer. Então o encanto desaparece e vem a desilusão e o desencanto. Depois de pouco tempo o homem e a mulher iniciam o caminho do adultério, porque seu lar transformou-se em um inferno.

É uma característica da natureza a mobilização de enormes reservas de energia criadora para criar qualquer cosmos. Mas somente emprega de suas enormes reservas uma quantidade muito pequena para realizar suas criações. Assim, o homem perde em uma ejaculação seminal seis ou sete milhões de espermatozoides; no entanto, necessita-se um infinitesimal espermatozoide para produzir um filho.

Na Lemúria nenhum ser humano ejaculava o sêmen. Então os casais se uniam sexualmente nos templos para criar. Nestes instantes as hierarquias lunares sabiam utilizar um espermatozoide e um óvulo para criar sem a necessidade de chegar até o orgasmo e a ejaculação seminal. Ninguém derramava o sêmen. O ato sexual era um sacramento que somente ocorria no templo. A mulher naquela época tinha seus filhos sem dor e a serpente levantava-se vitoriosa pelo canal medular. Naquela época o homem não tinha saído do Éden; a natureza inteira lhe obedecia, e não conhecia a dor nem o pecado. Foram os tenebrosos lucíferes que ensinaram ao homem a derramar o sêmen. O pecado original de nossos primeiros pais foi o crime de derramar o sêmen. Isso é fornicação. Quando o homem paradisíaco fornicou penetrou então no reino dos lucíferes. O homem atual é luciférico.

É absurdo derramar seis ou sete milhões de espermatozoides quando somente necessita-se um para criar. Um só espermatozoide escapa facilmente das glândulas sexuais sem necessidade de derramar o sêmen. Quando o homem retornar ao ponto de partida, quando reestabelecer o sistema sexual do Éden, a serpente sagrada do Kundalini se levantará outra vez vitoriosa para nos transformar em deuses. O sistema sexual do Éden é sexualidade normal. O sistema sexual do homem luciférico é absolutamente anormal.

Não se fornica somente fisicamente; existe também a fornicação nos mundos mental e astral. Aqueles que se ocupam em conversas de tipo luxuriosa; aqueles que leem revistas pornográficas; aqueles que assistem aos salões de cinema onde exibem filmes eróticos passionais, gastam enormes reservas de energia sexual. Essas pobres pessoas utilizam o material mais fino e delicado do sexo, gastando-o miseravelmente na satisfação de suas brutais paixões mentais.

A fantasia sexual produz impotência do tipo psicossexual. Essa classe de enfermos tem ereções normais, são homens aparentemente normais, mas no instante em que vão efetuar a conexão do membro e da vulva, a ereção cede caindo o falo, e ficando no mais horrível estado de desespero. Eles viveram na fantasia sexual e quando realmente encontram-se diante da crua realidade sexual que nada tem a ver com a fantasia, então confundem-se e não são capazes de responder à realidade como deve.

O sentido sexual é formidavelmente sutil e tremendamente rápido, graças a sua energia finíssima e imponderável. O nível molecular onde atua o sentido sexual, é milhões de vezes mais rápido que as ondas do pensamento. A mente lógica e a fantasia são pedras de tropeço para o sentido sexual. Quando a mente lógica com todos seus raciocínios, ou quando a fantasia sexual com todas suas ilusões eróticas quer controlar o sentido sexual ou prendê-lo dentro de suas ilusões, então é destruído fatalmente. A mente lógica e a fantasia sexual destroem o sentido sexual quando tentam colocá-lo a seu serviço. A impotência psicossexual é a tragédia mais espantosa que pode afligir aos homens e às mulheres fanáticas ou às pessoas de tipo puramente racional.

A luta de muitos monges, monjas, anacoretas, pseudo iogues, etc., etc., para engarrafar o sexo entre seu fanatismo religioso, para confiná-lo no cárcere de suas penitências, para amordaçá-lo e esterilizá-lo, para proibir-lhe toda manifestação criadora, etc., etc., transforma o fanático em um escravo de suas próprias paixões, em um escravo do sexo incapaz de pensar em outra coisa que não seja o sexo. Estes são os fanáticos do sexo. Os degenerados da infra sexualidade. Estas pessoas se descarregam todas as noites com poluções noturnas repugnantes, ou contraem vícios homossexuais ou masturbam-se miseravelmente. Querer enclausurar o sexo é como querer engarrafar o sol. Um homem assim é o escravo mais abjeto do sexo, e sem proveito algum nem prazer verdadeiro. Um homem assim é um infeliz pecador. Uma mulher assim é uma mula estéril, uma escrava vil daquele a quem quer escravizar, (o sexo). Os inimigos do Espírito Santo são pessoas do abismo. A essas pessoas mais lhes valeria não ter nascido, ou prender uma pedra ao seu pescoço e jogá-la ao fundo do mar.

O ser humano deve aprender a viver sexualmente. Já vem a idade do sexo, a idade da Nova Era de Aquário. As glândulas sexuais são controladas pelo planeta Urano, e este é o regente da constelação de Aquário. Assim, a Alquimia sexual é de fato a ciência da Nova Era de Aquário. A Magia Sexual será oficialmente acolhida nas universidades da Nova Era de Aquário. Aqueles que presumem ser mensageiros da Nova Era de Aquário, e que, no entanto odeiam o Arcano A.Z.F., demonstram até a saciedade ser realmente impostores porque a Nova Era de Aquário é governada pelo regente do sexo. Este regente é o planeta Urano.

A energia sexual é a energia mais fina do cosmos infinito. A energia sexual pode transformar-nos em anjos ou demônios. A imagem da verdade, encontra-se depositada na energia sexual. O desenho cósmico do Adão Cristo encontra-se depositado na energia sexual.

O Filho do Homem, o Super-homem, nasce do sexo normal, o Super-homem jamais poderia nascer dos infra sexuais. O reino dos infra sexuais é o abismo.

O poeta grego Homero disse: “Mais vale ser um mendigo sobre a Terra, que um rei no império das sombras”. Este império é o mundo tenebroso dos infra sexuais.

 

Capítulo VI – A Supra Sexualidade

A supra sexualidade é o resultado da transmutação sexual. Cristo, Buda, Dante, Zoroastro, Maomé, Hermes, Quetzalcoatl e muitos outros grandes mestres foram supra sexuais.

Os dois grandes aspectos da sexualidade denominam-se geração e regeneração. No capítulo anterior já estudamos a geração consciente; agora vamos estudar a regeneração.

Estudando a vida dos animais encontramos coisas muito interessantes. Se cortarmos uma serpente pela metade podemos ter certeza de que ela tem poder de regenerar-se. Esta pode desenvolver totalmente uma nova metade com todos os órgãos da metade perdida. A maior parte dos vermes da terra e do mar têm também o poder se regenerar constantemente. A lagartixa pode regenerar sua cauda, e o organismo humano sua pele. O poder de regeneração é absolutamente sexual.

O homem tem o poder de recriar-se a si mesmo. O homem pode criar dentro de si mesmo o Super homem. Isto é possível utilizando sabiamente o poder sexual. Podemos recriar-nos como autênticos Super homens. Isso só é possível com a transmutação sexual. A chave fundamental da transmutação sexual é o Arcano A.Z.F., (a Magia Sexual).

Na união do falo e do útero encontra-se a chave de todo o poder. O importante é que o casal aprenda a retirar-se do ato sexual antes do espasmo, antes do derrame seminal. Não se deve derramar o sêmen dentro do útero nem fora dele, nem pelos lados, nem em nenhuma parte. Falamos assim claro para que a pessoa entenda, embora alguns puritanos infra sexuais nos qualifiquem como pornográficos.

A vida humana por si mesma não tem nenhum significado. Nascer, crescer, trabalhar duramente para viver, reproduzir-se como um animal e logo morrer, essa é realmente uma cadeia de martírios que leva o homem emaranhado na Alma. Se essa é a vida, não vale a pena viver. Felizmente levamos em nossas glândulas sexuais a semente, o grão. Dessa semente, do grão, pode nascer o Super homem. O Adão Cristo. O Menino de Ouro da Alquimia Sexual. Por isso vale a pena viver sim. O caminho é a transmutação sexual. Esta é a ciência de Urano. Este é o planeta que controla os órgãos que formam os gametas masculinos e femininos e as glândulas sexuais. Este é o planeta que governa a constelação de Aquário. Urano tem um ciclo sexual de oitenta e quatro anos. Urano é o único planeta que dirige seus polos para o sol. Os dois polos de urano correspondem aos dois aspectos masculino-feminino. Estas duas fases alternam-se em dois períodos de quarenta e dois anos cada um. O estímulo alternante dos dois polos de Urano governa toda a história sexual da evolução humana. Épocas em que as mulheres se despiam para exibir seus corpos alternam com épocas em que os homens se enfeitavam. Épocas de preponderância feminina alternam com épocas de cavalheiros intrépidos. Essa é a história dos séculos.

Quando o ser humano chega à idade madura é então estimulado pelo ciclo antagônico, oposto ao que governou durante nossa infância e juventude. Então realmente somos maduros. Sentimo-nos sexualmente estimulados pelo oposto sexual. Realmente a idade madura é maravilhosa para o trabalho de regeneração sexual. Os sentimentos sexuais são mais ricos e maduros aos quarenta que aos trinta.

O Super homem não é o resultado da evolução. O Super homem nasce da semente. O Super homem é o resultado de uma tremenda revolução da Consciência. O Super homem é o Filho do Homem mencionado pelo Cristo. O Super homem é o Adão Cristo.

A evolução significa que nada está quieto, tudo vive dentro dos conceitos de tempo, espaço e movimento. A natureza contém em si todas as possibilidades. Ninguém chega à perfeição com evolução. Alguns tornam-se melhores e a imensa maioria terrivelmente perversos. Essa é a evolução. O homem da inocência, o homem paradisíaco de alguns milhões de anos, é agora, depois de muito evoluir, o homem da bomba atômica, o homem da bomba de hidrogênio, e o corrompido do peculato e o crime. A evolução é um processo de complicação da energia. Precisamos retornar ao ponto de partida (o sexo) e nos regenerar. O homem é uma semente viva. A semente, o grão, deve se esforçar para que germine o Super homem. Isso não é evolução. Isso é uma tremenda revolução da Consciência. Com justa razão o Cristo disse: “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado”. O Filho do Homem é o Adão Cristo, o Super homem.

Com a transmutação sexual nos regeneramos absolutamente. À idade do êxtase sexual precede sempre a idade do gozo sexual. A mesma energia que produz o gozo sexual, quando transmutada produz então o êxtase.

A lâmpada do ermitão do Arcano nove, que normalmente encontra-se presa entre as cavernas profundas dos órgãos sexuais, deve ser colocada dentro da torre do templo. Essa torre é o cérebro. Então ficamos iluminados. Esse é realmente o caminho positivo que nos transforma em mestres do Samadhi (êxtase).

Toda verdadeira técnica de meditação interna está intimamente relacionada com a transmutação sexual. Precisamos levantar a lâmpada bem alto para iluminar-nos.

Todo pombinho alquimista depois de ter sido coroado, vai se afastando pouco a pouco do ato sexual. O conúbio secreto vai se distanciando cada vez mais, de acordo com certos ritmos cósmicos marcados com o gongo oriental. Assim é como as energias sexuais são sublimadas até transmutarem-se absolutamente para produzir o êxtase contínuo.

O pombinho da Alquimia que em reencarnações anteriores trabalhou no Magistério do Fogo, realiza este trabalho de laboratório sexual em um tempo relativamente curto. Mas, aqueles que pela primeira vez trabalham na Grande Obra, precisam pelo menos vinte anos de trabalho muito intenso e vinte para ir se retirando muito lentamente do trabalho de laboratório. No total quarenta anos para realizar todo o trabalho. Quando o alquimista derrama o Vaso de Hermes o fogo do forno do laboratório se apaga e se perde todo o trabalho.

A idade do êxtase místico começa onde a idade do gozo sexual termina. Todo aquele que alcance a Iniciação Venusta, tem depois um trabalho muito difícil para realizar. Este trabalho consiste na transformação das energias sexuais. Assim como se pode fazer um transplante vegetal, passar uma planta de um vaso com terra a outro, assim também deve-se transplantar a energia sexual, extraí-la do homem terreno, e passá-la, transplantá-la no Adão Cristo. Em Alquimia diz-se que devemos liberar o ovo filosofal da podridão asquerosa da matéria e entregá-lo definitivamente ao Filho do Homem. O resultado deste trabalho é surpreendente e maravilhoso. Este é precisamente o instante em que o Adão Cristo pode tragar sua Consciência humana. Antes desse momento a Consciência do Adão de pecado deve ter morrido. O Deus Interno só pode devorar a alma. Ao chegar a estas alturas o Mestre realizou-se absolutamente. Desde esse instante conseguimos o êxtase contínuo, a suprema iluminação dos grandes Hierofantes.

O nascimento do Super homem é um problema absolutamente sexual. Precisamos nascer novamente para entrar no reino dos céus. O Super homem é tão diferente do homem como o raio da nuvem negra. O raio sai da nuvem, mas não é a nuvem. O raio é o Super homem: a nuvem é o homem. A regeneração sexual põe em atividade os poderes que tivemos no Éden. Nós perdemos estes poderes quando caímos na geração animal. Nós reconquistamos estes poderes quando nos regeneramos. Assim como o verme pode regenerar seu corpo e a lagartixa sua cauda, nós também podemos regenerar os poderes perdidos para brilhar novamente como deuses. As energias sexuais já transplantadas no Adão Cristo brilham com a brancura imaculada da Divindade. Essas energias parecem então terríveis raios divinos. Tremenda é a grandeza e a majestade do Super homem. Realmente o Super homem brilha por um momento na noite dos séculos e logo desaparece, torna-se invisível para o homem. Geralmente, podemos encontrar marcas de tipos semelhantes de seres em algumas Escolas Secretas de Regeneração, sobre os quais quase nada se sabe oficialmente. É por essas escolas secretas que conhecemos a existência desses sublimes seres Supra sexuais. As Escolas de Regeneração têm épocas de atividade pública e épocas de trabalho secreto. O planeta Netuno governa ciclicamente a atividade dessas escolas. No organismo humano Netuno tem controle sobre a glândula Pineal. Somente com a transmutação sexual coloca-se em atividade essa glândula de deuses. Urano controla as glândulas sexuais e Netuno a glândula Pineal. Urano é Alquimia Sexual prática. Netuno o estudo esotérico. Primeiro devemos estudar e depois trabalhar no laboratório. Urano tem um ciclo sexual de 84 anos e Netuno um ciclo de estudo de 165 anos. O ciclo de Urano é a média da vida humana. O ciclo de netuno é o ciclo de atividade pública de certas Escolas de Regeneração. Somente pelo Caminho do Matrimônio Perfeito chegamos à Supra sexualidade.

 

Capítulo IX – GAIO

Quando no Sanctum Sanctorum do templo de Salomão, o sumo sacerdote cantava o terrível Mantra I.A.O., os tambores do templo ressoavam para impedir que os profanos escutassem o sublime I.A.O.

O grande mestre Huiracocha disse, na Igreja Gnóstica, o seguinte: “Diodoro disse: sabei que entre todos os deuses, o mais elevado, é I.A.O.”

“Aídes é o inverno; Zeus principia na primavera; Hélios no verão, e no outono volta à atividade I.A.O., que trabalha constantemente”.

I.A.O. é Jovis Pater, é Júpiter, a quem os judeus chamam sem direito de Javé”.

I.A.O. oferece o substancioso vinho da vida, enquanto Júpiter é um escravo do Sol”.

  1. Ignis (fogo, Alma).
  2. Água (água, substância).
  3. Origo (causa, ar, origem).

Huiracocha, disse: I.A.O. é o nome de Deus entre os gnósticos”. O Espírito divino é simbolizado pela vogal O, que é o círculo eterno. A letra I simboliza o Ser Interno de cada homem, mas ambos se misturam entre si com a letra A, como ponto de apoio. Este é o poderoso Mantra ou palavra mágica que se deve cantar quando estamos praticando a Magia Sexual com a esposa sacerdotisa.

Deve-se prolongar o som das três poderosas vogais, assim: IIIIIIIIIII, AAAAAAA, OOOOOOO, quer dizer alongando o som de cada vogal. Solta-se o ar depois de tê-lo inalado, enchendo os pulmões. Inala-se contando até vinte, se retém até contar vinte e logo exala-se o ar vocalizando a letra I. Em cada exalação conta-se até vinte. Repete-se o mesmo para a letra A. Logo segue-se com a letra O. Isto se repete por sete vezes. Depois continua-se com os poderosos Mantras arcaicos: Kawlakaw, Sawlasaw, Zeesar.

Kawlakaw faz vibrar o Homem Espírito.

Sawlasaw faz vibrar à personalidade humana terrestre.

Zeesar faz vibrar o astral do homem. Estes mantras são antiquíssimos.

O Divino Salvador do mundo, quando praticava com a sacerdotisa na pirâmide de Kefren, cantava com ela o poderoso Mantra sagrado do fogo. Esse é: INRI. O Senhor de toda adoração praticou no Egito com sua Ísis. Ele combinava este Mantra com as cinco vogais I.E.O.U.A.

INRI, ENRE, ONRO, UNRU, ANRA.

O primeiro para a clarividência. O segundo para o ouvido mágico. O terceiro para o chacra do coração, o centro da intuição. O quarto para o plexo solar ou centro telepático. O quinto para os chacras pulmonares. Estes conferem o poder de recordar reencarnações passadas.

O Mantra INRI e seus quatro derivados aplicáveis aos chacras, se vocalizam dividindo-os em duas sílabas e logo alongando o som de cada uma de suas quatro letras mágicas. Com estes Mantras levamos o fogo sexual aos chacras durante as práticas de magia Sexual.

Voltando agora ao I.A.O., que como já dissemos é o nome de Deus entre os gnósticos, acrescentaremos o seguinte: a vogal I, faz vibrar a glândula Pineal e o embrião da Alma que todo ser humano leva encarnado. A vogal A, faz vibrar o veículo físico, e o formidável O, faz vibrar os testículos transmutando maravilhosamente o licor seminal, até transformá-lo em energias Crísticas que sobem vitoriosamente até o cálice (cérebro).

O Evangelho de São João começa cantando ao Verbo: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus”. “Este era no princípio com Deus; todas as coisas por Ele foram feitas, e sem Ele nada do que é feito teria sido feito”. “Nele estava a vida e a vida era a luz dos homens”. “E a luz nas trevas resplandece, mas as trevas não a compreenderam”. (Do Evangelho de São João).

A palavra João se decompõe nas cinco vocais, assim: IEOUA, IEOUAN (Juan). Todo o Evangelho de João é o Evangelho do Verbo.

Existem pessoas que querem separar o Verbo divino da Magia Sexual. Isso é absurdo. Ninguém pode encarnar o Verbo excluindo a magia Sexual. Jesus, que é a mesma encarnação do Verbo; Jesus, que é o mesmo Verbo feito carne, ensinou Magia Sexual precisamente no mesmo Evangelho de São João. É necessário estudar agora o Evangelho de São João, capítulo 3, desde o versículo um até o vinte. Vejamos:

“E havia um homem dos fariseus que se chamava Nicodemos, príncipe dos judeus”. Este veio a Jesus de noite, e dizendo-lhe: “Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que Tu fazes se Deus não fosse com ele.” Respondeu Jesus dizendo-lhe: “Na verdade, em verdade te digo, que aquele que não nascer outra vez, não pode ver o Reino de Deus.”

Há aqui, querido leitor, um problema sexual. Nascer tem sido e sempre será sexual. Ninguém pode nascer de teorias. Não conhecemos o primeiro nascido de alguma teoria ou de alguma hipótese. Nascer não é questão de crenças… Se somente de acreditar nos Evangelhos já nascêssemos, então por que não nasceram todos os estudantes da “Bíblia”? Isto de nascer não é questão de acreditar ou de não acreditar. Nenhuma criança nasce por crenças. Só se nasce pelo ato sexual. Isto é questão sexual. Nicodemos ignorava o Grande Arcano e contestou em sua ignorância, dizendo: “Como pode o homem nascer sendo velho? Pode outra vez entrar no ventre de sua mãe e nascer?”. Respondeu Jesus: “Na verdade, em verdade te digo, que o que não nascer da água e do espírito, não pode entrar no Reino de Deus”.

É necessário leitor que tu saibas que a água do Evangelho é o mesmo sêmen e que o espírito é o Fogo. O Filho do Homem nasce da Água e do Fogo. Isto é absolutamente sexual.

“Aquele que nasce da Carne, carne é; e o que é nascido do Espírito, Espírito é”. “Não te maravilhes do que te digo: é necessário nascer outra vez”. “É necessário que nasça o Mestre dentro de nós mesmos”. “O vento de onde quer sopra e ouves seu som; mas nem sabes de onde vem nem aonde vai; assim é nascido todo aquele que é nascido do Espírito”. Realmente, aquele que nasce do Espírito brilha por um momento e logo desaparece entre as multidões. As multidões não podem ver o Super homem. O Super homem torna-se invisível para as multidões. Assim como a crisálida não pode ver a mariposa quando esta voou, assim o homem normal comum e corrente perde de vista o Super homem. Nicodemos não entendeu nada disto e respondendo disse: “Como pode se fazer isto?” Respondeu Jesus dizendo-lhe: “Tu és o Mestre de Israel e não sabes isto?” Realmente Nicodemos conhecia as sagradas Escrituras porque era um Rabi, mas não conhecia a Magia Sexual porque Nicodemos não era Iniciado. Jesus continuou dizendo: “Na verdade, em verdade te digo que o que sabemos falamos e o que vimos testemunhamos e não recebeis nosso testemunho”. Jesus deu testemunho do que sabia, do que tinha visto, e do que tinha experimentado por si mesmo. Jesus praticou a Magia Sexual com uma Vestal da Pirâmide de Kefren. Assim Ele nasceu. Assim foi como Ele se preparou para encarnar o Cristo. Assim foi como pode encarnar ao Cristo no Jordão.

Todos sabemos que Jesus, depois de sair do Egito, viajou pela Índia, Tibete, Pérsia, etc., e logo de volta à Terra Santa recebeu a Iniciação Venusta no Jordão. Quando João batizou o Mestre Jesus, então o Cristo entrou na Alma do Mestre. O Cristo se humanizou. Jesus se divinizou. Desta mistura divina e humana resulta isso que se chama o Filho do Homem (o Super homem).

Se Jesus não tivesse praticado a Magia Sexual no Egito, não poderia encarnar o Cristo. Teria sido um bom Mestre, mas não o modelo vivo do Super homem. “Se vos falei de coisas terrenas e não acreditastes, como acreditareis se os dissesse as celestiais?”. Com isto se comprova que o Grande Mestre está falando de coisas terrenas, da prática de Magia Sexual. Sem esta não se pode nascer. Se as pessoas não acreditam em coisas terrenas, como poderiam acreditar nas celestiais?

“E ninguém subiu ao céu, salvo o que desceu do céu, o Filho do Homem que está no Céu”.

 O eu não pode subir ao céu porque não desceu do céu.

O eu é Satã e deve dissolver-se inevitavelmente. Essa é a Lei. Falando sobre a Serpente Sagrada disse o Grande Mestre: “E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que o Filho do Homem seja levantado”. Precisamos levantar a serpente sobre a vara tal como o fez Moisés no deserto. Isto é questão de Magia Sexual porque o Kundalini somente sobe com a Magia Sexual. Somente assim podemos levantar o Filho do Homem, o Super homem dentro de nós mesmos. É necessário que o Filho do Homem seja levantado “Para que todo aquele que n’Ele acreditar, não se perca senão que tenha vida eterna”.

O homúnculo racional, equivocadamente chamado homem, ainda não tem os autênticos veículos Astral, Mental e Causal; realmente é tão somente um fantasma. É necessário praticar Magia Sexual, viver o Caminho do Matrimônio Perfeito para engendrar o Astral Cristo, a Mente Cristo e o Causal Cristo.

“Porque de tal maneira Deus amou ao mundo que deu a seu Filho Único, para que todo aquele que n´Ele acredita, não se perca, mas tenha vida eterna. Porque Deus não enviou seu Filho ao mundo para que condene ao mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele. O que n´Ele acredita não é condenado; mas o que não acredita, já está condenado, porque não acreditou no nome do Filho único de Deus”. Nós afirmamos que a verdadeira fé e crença é demonstrada com fatos. Aquele que não acredita na Magia Sexual, não pode nascer embora diga “acredito no Filho de Deus”. A fé sem obras é morta. Quem não acredita na Magia Sexual ensinada por Jesus a Nicodemos, não acredita no Filho de Deus. Esses se perdem.

“E esta é a condenação: porque a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas que a luz, porque suas obras eram más.”

“Porque todo aquele que faz o mal, detesta a luz (odeia a Magia Sexual), e não vem para a luz, para que suas obras não sejam reprovadas (Discutidas).”

“Mas o que pratica a verdade, vem à luz, para que suas obras se manifestem, porque são feitas por Deus”.

Tudo isto é textual do Evangelho sagrado de João. É necessário nascer em todos os planos. O que faz um pobre homem ou uma pobre mulher cheios de teorias, praticando exercícios, etc., etc., sem ter nascido no Astral? De que lhe serve trabalhar com a mente se ainda assim não tem Corpo Mental? O ser humano deve primeiro formar seus veículos internos e logo sim pode praticar e estudar o que quiser. Mas primeiro devemos engendrar os veículos internos para ter direito a encarnar a Alma e mais tarde o Verbo.

“Quando nasce o legítimo Astral, nos tornamos imortais no mundo das 24 leis (o mundo lunar). Quando nasce o autêntico Mental, nos imortalizamos no mundo das 12 leis (o mundo de Mercúrio ou da mente). Ao nascer o verdadeiro Veículo Causal, adquirimos imortalidade no mundo das 6 leis (o mundo causal ou de Vênus). Ao chegar a estas alturas já temos existência real, antes somos esboços de Homem, antes não tínhamos existência real, somos miseráveis fantasmas de Homem. Ao chegar a estas alturas encarnamos a nossa alma Humana e nos transformamos em homens verdadeiros.”

Esses veículos Crísticos nascem pelo sexo, é questão sexual. Tal como é acima é abaixo. Se o físico nasce pelo sexo, os veículos superiores nascem pelo sexo.

Todo aquele que forma seus veículos Crísticos, encarna sua Alma e fala então no verbo de ouro. Esta é a língua do poder que o homem falava nessa antiga terra onde se adorava os filhos do fogo e que se chamava Arcádia. Essa é a língua em que fala todo o Universo. Língua divina e de terrível poder. Nessa língua misteriosa o Anjo da Babilônia escreveu o terrível MENE, MENE, TEKEL UPHARSIN, no famoso banquete de Baltazar. Aquela mesma noite a sentença foi cumprida, Babilônia foi destruída e o Rei morto.

Tem-se falado muito da língua universal, mas esta somente a podemos falar quando encarnamos a Alma. Então o Kundalini floresce nos lábios fecundos feito verbo. Quando a humanidade saiu do paraíso por ter derramado o sêmen, esqueceu então a língua divina que como um rio de ouro corre majestosamente pela selva espessa do sol. As raízes de todo idioma pertencem a uma divina língua primitiva. O único caminho que existe para voltar a falar na língua divina é a Magia Sexual. Existe uma estreita relação entre os órgãos sexuais e a laringe criadora. Nas velhas escolas de mistérios era proibido aos Iniciados relatar as velhas catástrofes antediluvianas, pelo temor de evocá-las e trazê-las a uma nova manifestação. Os velhos Hierofantes sabiam que entre os elementos da Natureza e o Verbo existe uma íntima relação.

A obra intitulada “Logos Mantra Magia” do grande mestre gnóstico Rosacruz Dr. Arnoldo Krumm Heller é uma verdadeira joia da sabedoria oculta. Termina o grande mestre dizendo nessa obra o seguinte: “Nos tempos antigos havia uma escola de Mistérios na qual aparecia um anel no qual estava gravada a imagem de Íris e Serápis unidos por uma cobra”; e adiciona o doutor Krumm Heller: “Aqui sintetizo tudo o que disse neste livro”.

Na oitava lição do “Curso Zodiacal”, o doutor Krumm Heller escreveu um parágrafo que escandalizou muitos sabichões. Estes, depois da morte do mestre, trataram de adulterar este parágrafo, à sua maneira, cada qual de acordo com suas teorias. Vamos agora transcrever o parágrafo tal qual o mestre Huiracocha o escreveu. Vejamos:

“Em vez da relação sexual que chega ao orgasmo devem ser realizadas reflexivamente doces carícias, frases amorosas e toques delicados, mantendo constantemente a mente isolada da sexualidade animal, sustentando a mais pura espiritualidade, como se o ato fosse uma verdadeira cerimônia religiosa”.

“Não obstante o homem pode e deve introduzir o pênis e mantê-lo no sexo feminino, para que ocorra a ambos uma sensação divina, cheia de gozo, que pode durar horas inteiras, retirando-o no momento em que se aproxima o espasmo, para evitar a ejaculação do sêmen. Desta maneira terão cada vez mais vontade de acariciar-se”.

“Isto pode repetir-se tantas vezes quantas quiser sem jamais ocorrer o cansaço, porque o oposto, é a chave mágica para ser diariamente rejuvenescido, mantendo o corpo são e prolongando a vida, já que é uma fonte de saúde com esta constante magnetização”.

“Sabemos que no magnetismo ordinário, o magnetizador comunica fluidos ao sujeito e se o primeiro tem essas forças desenvolvidas pode sanar o segundo”. “A transmissão do fluido magnético é feita ordinariamente pelas mãos ou pelos olhos, mas é necessário dizer que não há condutor mais poderoso, mil vezes superior aos demais, que o membro viril e a vulva, como órgãos de recepção”.

“Se muitas pessoas praticam isso, ao seu redor espalha-se força e êxito para todos os que se ponham em contato comercial ou social com eles. Mas no ato de magnetização divina, sublime, a que nos referimos, ambos homem e mulher se magnetizam reciprocamente, sendo eles um para outro como um instrumento de música que, ao ser tocado, lança ou arranca sons prodigiosos de misteriosas e doces harmonias. As cordas desse instrumento estão espalhadas por todo o corpo e são os lábios e os dedos os principais tocadores dele, com a condição de que presida esse ato a pureza mais absoluta, que é a que nos torna Magos neste instante supremo”. Até aqui o doutor Krumm Heller.

Este é o caminho da Iniciação. Por este caminho chega-se à encarnação do Verbo. Podemos ser estudantes rosacruzes, teosofistas, espiritualistas. Podemos praticar yoga, e não há dúvida de que em tudo isto existem maravilhosas obras e magníficas práticas esotéricas, mas se não praticamos Magia Sexual, tampouco formamos o Astral Cristo, a Mente Cristo, a Vontade Cristo. Sem a Magia Sexual não podemos nascer de novo. Praticai o que quiserdes, Estudai na escola que mais vocês gostarem. Orai no templo que mais os agrade, mas praticai Magia Sexual. Vivei o Caminho do Matrimônio Perfeito. Não somos contra nenhuma santa religião, nem contra nenhuma escola, ordem ou seita. Todas essas sagradas instituições são necessárias, mas recomendamos viver a Senda do Matrimônio Perfeito. O Matrimônio Perfeito não se opõe ao viver religioso, nem às práticas esotéricas da santa yoga. O Movimento Gnóstico é formado por pessoas de todas as religiões, escolas, lojas, seitas, ordens, etc., etc.

Recordai amado leitor a sagrada joia com seu I.A.O. No GAIO está escondido o I.A.O. Trabalhai com o I.A.O.

O Sacerdote, o Mestre de toda Loja, o discípulo de yoga, todos, todos, conseguirão Nascer, conseguirão conservar sua verdadeira castidade, se praticarem Magia Sexual.

Bendito seja o I.A.O., bendita seja a Magia Sexual, bendito o Matrimônio Perfeito. Na Magia Sexual encontra-se a síntese de todas as religiões, escolas, ordens e yogas. Todo sistema de Autorrealização sem a Magia Sexual, está incompleto. E, portanto não serve.

Cristo e a Magia Sexual constituem a Suprema Síntese Prática de todas as religiões.

Samael Aun Weor

 

O MISTÉRIO DO ÁUREO FLORESCER

Capítulo 1 – Magia Sexual

A Magia é, segundo Novalis, “a arte de influir, conscientemente, sobre o mundo interior”.

Escrito está, com carvões acesos, no livro extraordinário da vida, que o amor ardente entre varão e fêmea opera magicamente. Hermes Trismegisto, o três vezes grande Deus Íbis de Thoth, disse em sua Tábua de Esmeralda: “Dou-te o amor, no qual está contido todo o Summum da Sabedoria.”

Todos temos algo de forças elétricas e magnéticas em nós e exercemos, como um magneto, uma força de atração e repulsão… Entre os amantes é especialmente poderosa essa força magnética e sua ação chega muito longe.

A Magia Sexual (Sahaja Maithuna), entre marido e mulher, fundamenta-se nas propriedades polares que, certamente, têm seu elemento potencial no sexo.

Não são hormônios ou vitaminas patenteadas que se necessita para a vida, senão autênticos sentimentos de tu e eu e, portanto, o intercâmbio das mais seletas faculdades afetivas, eróticas entre o homem e a mulher. A ascética medieval da fenecida Idade de Peixes rechaçava o sexo, qualificando-o como tabu, ou pecado.

A nova ascética revolucionária de Aquário se fundamenta no sexo; é claro que nos mistérios do Lingam-Yoni se acha a chave de todo o poder.

Da mescla inteligente da ânsia sexual com o entusiasmo espiritual, surge, como por encanto, a Consciência Mágica.

Um sábio autor disse: “A Magia Sexual conduz à unidade da Alma e à sensualidade, ou seja, à sexualidade vivificada. O sexual perde o caráter de suspeito e de menosprezado que só se acata secretamente e com certa declarada vergonha; pelo contrário, é posto a serviço de um maravilhoso gozo de viver, penetrado por ele e alçado a componente de afirmação da existência, que assegura, felizmente, o equilíbrio da personalidade livre.”

Necessitamos, com urgência, evadir-nos da sombria corrente cotidiana do acoplamento vulgar, comum e corrente e entrar na esfera luminosa do equilíbrio magnético do “redescobrimento no outro”, de “achar em ti a Senda do Fio da Navalha”, “o caminho secreto que conduz à liberação final”.

“Só quando conhecemos e empregamos as leis do magnetismo entre os corpos e as almas, já não serão mais imagens fugazes e sem sentido, névoas que se desvanecem na luz, todas as palavras sobre Amor, Sexo e Sexualidade.”

É ostensível a tremenda dificuldade que apresenta o estudo da Magia Sexual. Não resulta nada fácil querer mostra como aprendível e visível o Sexo-Ioga, o Maithuna, com seu governo das mais delicadas correntes de nervos e as múltiplas influências subconscientes, infra consciente e inconscientes sobre o ânimo.

Falemos claro e sem rodeios; este tema sobre SEXO IOGA é questão de experimentação íntima direta, algo demasiado pessoal.

Renunciar à concupiscência animal em prol da espiritualidade é fundamental na Magia Sexual, se é que, em verdade, queremos encontrar o Fio de Ariadne do Ascenso, o Áureo Bramante que há de conduzir-nos das trevas à luz, da morte à imortalidade.

Um grande filósofo, cujo nome não menciono, disse: “Se as autênticas forças procriadoras, as anímicas e espirituais, se acham situadas no fundo da nossa Consciência, encontramos, precisamente no Simpático, com sua rede irradiadora de sensíveis malhas de gânglios, o mediador e condutor à realidade interior que não só influi sobre os órgãos da Alma, senão que, também, governa, dirige e controla os centros mais importantes no interior do corpo; guia, de maneira igualmente misteriosa, a maravilhosa percepção até o nascimento do novo ser; assim como os fenômenos do coração, rins, glândulas suprarrenais, glândulas geradoras, etc.”

Em troca de toda a sensibilidade e espiritualidade da vida ritmada, ele intenta, como autêntico Spiritus Creator do corpo e mediante a direção da corrente molecular e a cristalização de raios cósmicos, balancear, no ritmo do universo, todos os elementos psíquicos e físico que lhe estão subordinados.

Este NERVUS SIMPATICUS é, em realidade, também um NERVUS IDEOPLÁSTICUS; deve ser compreendido como mediador entre nossa vida instintiva inconsciente e a moderação da viva imagem impressa em nosso espírito desde eternidades; é o grande equilibrador médio que pode apaziguar e reconciliar a perpétua polaridade, as alvuras e crepúsculos do sol da alma, as manifestações de Negro e Branco, Amor e Ódio, Deus e Diabo, Exaltação e Descenso.

O Andrógino Divino da primeira raça humana, Adam Kadmon, propagou-se só pelo poder da vontade e da imaginação mágica, unidas em vibrante harmonia.

Os antigos sábios da Cabala afirmaram que tal potência volitiva e imaginativa se perdeu pela queda no pecado, pelo qual o ser humano foi arrojado do Éden.

Esta magnífica concepção sintética de cabala hebraica tem por base uma tremenda verdade; sendo assim, é, precisamente, função da Magia Sexual restabelecer, dentro de nós mesmos, essa Unidade Original Divinal do Andrógino Paradisíaco.

Certo sábio disse, enfaticamente, o seguinte: “Realiza a Magia Sexual transfigurando corporalmente e procura uma acentuação ideal ao sexual na alma. Por isso são capazes de Magia Sexual só os seres que tratam de superar o dilema dualista entre o mundo anímico e o dos sentidos; aqueles que, dotados de íntima “vela”, se encontram absolutamente livres de qualquer espécie de hipocrisia, dissimulação, negação e desvalorização da vida.”

 

Capítulo 6 – Eros

Diz o Doutor Rouband o seguinte: Tão logo que o membro viril penetra no vestibulum, roça primeiro o glans penis na glândula clítoris, que se encontra na entrada do canal do sexo e que, mediante sua posição e ângulo que forma, pode ceder e flexionar. Após esta primeira excitação de ambos os centros sensíveis, desliza o glans pênis sobre as bordas de ambas as vulvas: o collum e o corpus penis serão envoltos pelas partes salientes da vulva; encontrando-se, por outra parte, o glans penis mais avançado em contato com a fina e delicada superfície da mucosa vaginal, que é elástica, ao tecido erétil que se acha entre as membranas individuais.

Esta elasticidade que permite à vagina adaptar-se ao volume do pênis, aumenta ainda a turgência e, portanto, a sensibilidade do clitóris, enquanto conduz a ele e à vulva o sangue que fora expelido dos vasos das paredes vaginais.

Por outra parte, a turgência e a sensibilidade do glan penis são aumentadas pela ação compressiva do tecido vaginal, que se torna cada vez mais turgente, e de ambas as vulvas no vestíbulo.

Ademais, o clitóris é pressionado para baixo pela porção anterior do músculo compressor e encontra a superfície dorsal do glans e do corpus penis; roça-se com os mesmos e os roça de maneira que cada movimento influi na copulação de ambos os sexos e, finalmente, somando-se as sensações voluptuosas (do Deus Eros), conduzem àquele elevado grau do orgasmo que, por uma parte, provocam a ejaculação e, por outra, a recepção do licor seminal na fendida abertura do colo do útero.

Quando se pensa na influência do temperamento, da constituição e de uma série de outras circunstâncias, tanto especiais como correntes, que têm sobre a faculdade sexual, convencemo-nos de que não se acha, nem de longe, solucionada a questão da diferença na sensação do prazer entre ambos os sexos e, até, de que dita questão, envolta entre todas as diversas condições, é insolúvel; isto é tão certo que até apresenta dificuldade o quer traçar um quadro completo das manifestações gerais no coito; porém, enquanto numa pessoa a sensação do prazer se traduz só numa vibração apenas perceptível, em outra, alcança o ponto mais elevado da exaltação, tanto moral como física.

Entre ambos os extremos há inúmeras transições: aceleramento da circulação do sangue, vivas palpitações das artérias; o sangue venoso que é retido nos vasos pela concentração muscular, aumenta a temperatura geral do corpo e esse estancamento de sangue venoso que, de maneira ainda mais pronunciada, tem sua ação no cérebro, pela contração dos músculos do pescoço e a inclinação para trás da cabeça, causa uma momentânea congestão cerebral, durante a qual perdem alguns a razão e todas as faculdades intelectuais.

Os olhos avermelhados pela injeção da conjuntiva tornam-se fixos e de olhar incerto, ou, como no caso da maioria das vezes, cerram-se convulsivamente, para fugir do contato com a luz. (Isto é algo que está integralmente comprovado).

A respiração que em alguns é arquejante e entrecortada, interrompe-se em outros pela espasmódica contração da laringe; e o ar, retido por algum tempo, busca, finalmente, um caminho para o exterior, mesclado com palavras desconexas e incompreensíveis.

Como assinalei, os centros nervosos congestionados produzem só impulsos confusos.

O movimento e a sensação mostram uma desordem indescritível; os membros são presa de convulsões; às vezes, também de cãibras; movem-se em todas as direções ou, então, se contraem e intumescem como barras de ferro; as mandíbulas apertadas até ranger os dentes; e certas pessoas chegam tão longe em seu delírio erótico que, esquecendo-se por completo do parceiro, mordem-no nestes espasmos de prazer no ombro até fazê-lo sangrar.

Este estado frenético, esta epilepsia e este delírio de Eros duram, costumeiramente, só um breve tempo, porém, o suficientemente longo como que para esgotar, por completo, a energia do organismo do animal intelectual que desconhece a Magia Sexual e para quem tal hiper excitação há de concluir com uma perda mais ou menos abundante de esperma; enquanto que a mulher, por muito energicamente que possa haver coparticipado no ato sexual, só sofre uma passageira lassitude que é muito mais reduzida que a do homem e que lhe permite recuperar-se mais rapidamente para repetir o coito.

“Triste est omne animal post coitum, praeter mulierem gallamque”, disse Galeno, axioma que, no essencial, é exato no que diz respeito ao sexo masculino.

No Amor nada importa certamente; nem a dor nem a alegria, senão só isso que se chama Amor.

Enquanto livre o amor ata, a desunião o mata, porque Eros é o que realmente une.

O Amor se acende com o Amor, como o fogo, com o Fogo;… porém, donde saiu a primeira chama? Em ti salta sob a vara da dor… tu o sabes.

Logo… Ó Deuses!… Quando o fogo escondido sai chamejando, o de dentro e o de fora são uma só coisa e todas as barreiras caem feito cinzas.

O Amor começa com um clarão de simpatia, substancializa-se com a força do carinho e se sintetiza e adoração.

Um matrimônio perfeito é a união de dois seres um que ama mais e outro que ama melhor…

O Amor é a melhor religião exequível. Amar! Quão belo é amar! Só as almas simples e puras sabem amar. O amor se alimenta com Amor. Avivai a chama do Espírito com a força de Eros.

“Posto que o enlace dos sexos pode equivaler a um ato criador que está ligado à potência e ao esplendor do primeiro dia, Lutero denomina os órgãos sexuais as “bonestissimae et praestantissimae partes corporis”. Foi pelo pecado que os membros mais úteis e honestos se converteram no mais vergonhosos.”

Maomé disse: “O coito é um ato até prazenteiro à religião, sempre que se realize com a invocação de Alá e com a própria mulher para a reprodução” (ou melhor para a Transmutação Sexual).

O Corão diz: “Vê, toma por mulher uma donzela que acaricies e te acaricie; não passe ao coito sem te haver antes excitado pelas carícias.”

O profeta enfatiza assim: “Vossas esposas são, para vós, um lavradio. Ide a ele como vos apraz; porém, realizei antes algum ato de devoção. Temei a Deus e não esqueçais que um dia vos havereis de achar em sua presença.”

O autor do El-Ktah (escrito, extraordinariamente, apreciado pelos árabes), não se farta na glorificação do coito; este é, para ele, “o hino de louvor mais magnífico e sagrado, o anelo mais nobre do homem e de sua companheira após a unidade primitiva e as delícias paradisíacas.”

“Estes – diz – não compreenderam, nem viram que o amor é o Fiat Lux do “Livro de Moisés”, o mandato divino, a lei para todos os continentes, mares, mundos e espaços.”

E, em suas explicações subsequentes, o autor do El-Ktah revela a Primitiva Ciência Esotérica, “de que, no fundo, a união física do homem e mulher é um ato sobrenatural, uma reminiscência paradisíaca, o mais belo de todos os hinos de louvor dirigidos pela criatura ao Criador, o Alfa e Ômega de toda a Criação.

O Sheikh Nefrani põe na boca de um sábio estas palavras: “A mulher e semelhante a uma fruta cujo aroma se aspira primeiro quando a toma pela mão. Se não se acalenta, por exemplo, com a mão, a erva de basilisco, não se toma seu aroma. O âmbar desprende sua fragrância só quando se o esquenta. E isto bem o sabes. Assim sucede com a mulher. Quando queres passar ao ato amoroso, deves primeiro acalentar o coração dela com todos os preparativos da arte de amar, com beijos, abraços e pequenas mordidas. Se descuidas disto, não te será dado nenhum gozo completo e todos os encantos dos enamorados ficarão ocultos para ti.”

Num tratado muito sábio sobre medicina chinesa li o seguinte: “O taoísmo tem outras influências na Medicina, como o prova a leitura de uma recopilação de tratados taoístas, o Sing-Ming-Kuei-Chen, do ano de 1622, aproximadamente.”

Distinguem-se três regiões no corpo humano. A região superior, ou cefálica, é a origem dos espíritos que habitam no corpo.

A almofada de Jade (Yu Chen) se encontra na parte póstero-inferior da cabeça. O chamado osso da almofada é o occipital (Chen−Ku).

O palácio do Ni-Huan (termo derivado da palavra sânscrita Nirvana) se encontra no cérebro, chamado, também, mar da medula óssea (Suei-Hai); é a origem das substâncias seminais.

A região média é a coluna vertebral, considerada não como um eixo funcional, senão como um conduto que une as cavidades cerebrais com os centros genitais; termina num ponto chamado a coluna celeste (Tien Chu), situado atrás da nuca, no ponto onde nascem os cabelos. Não se deve confundir este ponto com o da acupuntura do mesmo nome.

A região inferior compreende o campo de cinábrio (Tum Tien), do qual nos ocuparemos mais adiante; nela assenta a atividade genital, representada pelos dois rins: o fogo do tigre (Yang), à esquerda e o fogo do dragão (Ying), à direita.

A união sexual está simbolizada por um casa: um homem jovem conduz o tigre branco e uma mulher jovem cavalga sobre o dragão verde. O chumbo (elemento masculino) e o mercúrio (elemento feminino) vão mesclar-se; enquanto estão unidos, os jovens arrojam sua essência em uma caldeira de bronze, símbolo da atividade sexual. Porém, os líquidos genitais, em particular o esperma (Tsing), não são eliminados nem se perdem, senão que podem voltar ao cérebro pela coluna vertebral, graças à qual se recupera o curso da vida.

A base destas práticas sexuais taoístas é o coitus reservatus, no qual o esperma que baixou do encéfalo até a região prostática (porém, que não foi ejaculado), volta à sua origem; é o que se deve denomina fazer voltar a substância (Huang−Tsing).

Quaisquer que sejam as objeções que sejam formuladas frente à realidade deste retorno, não é menos certo que os taoístas conceberam um domínio cerebral dos instintos elementais que mantinha o grau de excitação genésica por debaixo do umbral da ejaculação; deram ao ato sexual um estilo novo e uma finalidade distinta da fecundação.

A esotérica VIPARITAKARANI ensina, cientificamente, como o iogue indostão, em vez de ejacular o sêmen, fá-lo subir, lentamente, mediante concentração, de maneira que homem e mulher, unidos sexualmente, possam eliminar o Ego animal.

Os antigos gregos conheceram, muito exatamente, o parentesco essencial entre a morte e o ato sexual; em Eros representavam o “Gênio da Morte”, sustentado, na mão, o Deus, uma tocha inclinada para baixo como portador da morte.

Sendo a força mais profunda e primitiva de todas, nos homens, a sexual é considerada, pelos Tantras, como o Eros cosmogônico, a Serpente Ígnea de Nossos Mágicos Poderes.

Muito longe de violentar a nossa essência íntima no sentido de concupiscência brutal, ou, então, de intumescer-se, organicamente, por um espasmo que só dura poucos segundos, o praticante toma, em contraposição, a potência de sua Divina Mãe Kundalini particular, para fusionar-se com ela numa unidade e eliminar tal ou qual eu; quer dizer, este ou aquele defeito psicológico previamente compreendido a fundo.

Só com a morte advém o novo. Assim é como Eros, com sua tocha inclinada para baixo, reduz a poeira cósmica todos esses agregados psíquicos que, em seu conjunto, constituem o eu.

O Mantra, ou palavra mágica, que simboliza todo o trabalho de Magia Sexual é KRIM.

Neste mantra se deve empregar uma grande imaginação, a qual obra diretamente sobre Eros, atuando este, por sua parte, por sua vez, sobre a imaginação, insuflando-lhe energia e transformando-a em força mágica.

Para pôr-se em contato com a móvel potência universal, o praticante percebe diversas imagens; mas antes de tudo, sua Divina Mãe Adorável se revela, com a lança sagrada em sua destra, pelejando furiosa contra aquele eu diabo que personifica tal ou qual erro psicológico que anelamos destruir.

O praticante, cantando seu mantra KRIM, fixa logo sua imaginação, sua translucidez no elemento fogo, de tal modo que ele mesmo se sinta como chama ardente, como flama única, como fogueira terrível que incinera o eu diabo que caracteriza o defeito psicológico que queremos aniquilar.

A extrema sensibilidade dos órgãos sexuais anuncia sempre a proximidade do espasmo; então devemos retirar-nos a tempo, para evitar a ejaculação do sêmen.

Continue-se logo o trabalho; o homem deitado no solo, em decúbito dorsal (boca para cima) e a mulher em sua cama… suplique-se à Divina Mãe Kundalini; peça-se, com frases simples, saídas do coração sincero, elimine, com a lança de Eros, com a força sexual, o eu que personifica o erro que realmente compreendemos e que anelamos reduzir a poeira cósmica.

Bendiga-se, por último, a água contida num copo de cristal bem limpo e beba, dando graças à Mãe Divina.

Todo este ritual do Pancatattwa libera o herói de todo pecado; nenhum tenebroso pode resistir-lhe; subordinam os poderes terrestres e supraterrestres e caminha pela terra com a Consciência desperta.

Temido por todos os demônios, vive como Senhor da Salvação e completa bem-aventurança; escapa à lei do renascimento, pois, através de longos e terríveis trabalhos da Magia Sexual, utilizou o formidável poder elétrico de Eros, não para satisfações brutais de tipo animal, senão para reduzir a pó o Eu pluralizado.

 

Capítulo 16 – Pausa Magnética Criadora

A experiência da vida diária nos veio demonstrar, de forma concludente, que a excessiva excitação de luz e som embotam, lamentavelmente, os órgãos maravilhosos da vista e do ouvido. A sábia lei das concomitâncias nos permite inferir, de forma lógica, que o contínuo intercâmbio de raios anímicos esgota tanto a alma como o Corpo.

O homem, como microcosmos, requer caminhar de acordo com todos estes ritmos viventes do espaço infinito que sustêm o universo firme em sua marcha.

De igual modo que os astros, no firmamento, vão e voltam dentro de suas órbitas, sem estorvar-se mutuamente e tendo, portanto, suas proporcionais luminosidades; assim, também, marido e mulher devem proceder, unindo-se sexualmente, de forma periódica.

Ainda quando fosse impossível e que determinados cônjuges tenham quartos separados, existe um remédio infalível para evitar a repleção magnética e, dado que seria muito grave calar isto, daremos a fórmula: “Coabita-se uma ou duas vezes por semana e se intenta não interromper a fluente eletricidade vital, evitando, cuidadosamente, o abominável espasmo.”

De Hutten são estes versos:

“É bissemanal o dever

que tens para com a mulher,

que nem a ti nem a mim prejudica,

e cento e quatro ao ano adjudica.”

Escreve Zoroastro a seus fiéis que o homem deve coabitar com a mulher cada nove dias; para isso, a mulher deve fazer ao senhor nove vezes, cada manhã, a pergunta: “dize-me, dono meu, o que hoje devo fazer? Tua vontade é lei.”

O sábio legislador Sólon adjudicava à mulher o direito de ser coberta, pelo homem, três vezes, no curso de quatro semanas.

Aos homens que já passaram mais além dos cinquenta anos, lhes aconselha, simplesmente, obedecer à Pausa Magnética Criadora que a Natureza estabeleça em sua fisiologia de Eros. Estas pessoas, ainda que queiram praticar Magia Sexual, devem saber aguardar o momento oportuno; seria absurdo violentar os órgãos sexuais ou realizar a cópula com uma ereção deficiente.

De nenhuma maneira devem preocupar-se as pessoas de idade avançada; é ostensível que a natureza também estabelece nelas seus “plus” e “minus” sexuais, suas épocas de atividade e repouso.

A pausa criadora magnética soluciona, também, o deficiente desenvolvimento dos genitais e dos Chacras, ou plexos simpáticos, abastecidos por estes.

O sábio Waldemar diz:

“No período preparatório gastam-se energias da própria massa de potência e a consequência é que, pela frequente repetição destes dispêndios, produz-se um crescente vazio interior e descontentamento.”

“A pausa magnética é necessária para a reposição do consumido.”

“Frequentemente, entretanto, vai um partícipe tão longe, até interpretar essa pausa como deficiência em amor e desejo conjugal, obrigando, então, seu par, em morbosa vaidade, a mostrar sua complacente deferência, mediante novas ostentações de excitação.”

“De maneira forçada há de dar, repetidamente, claras chamas o fogo sensual; ao outro não lhe fica outro remédio, pois, senão evadir-se à representação mímica de sensações não mais excitáveis, nem experimentáveis. Como consequência disso, vai incrementando-se o desvio anímico até que engrossem, de tal modo, a repulsão e o desespero e não são mais evitáveis veementes disputas.”

“A vergonha e o ódio dos afetados aumenta o que conduz à perturbação anímica e à conversão, portanto, do matrimônio em uma maldição. O culpado se chama, aqui, desconhecimento e não emprego da Pausa Criadora Magnética.”

O intercâmbio magnético, no trato sexual, se manifesta especialmente positivo, quando marido e mulher se unem com o evidente propósito de não sobrepassar o ponto culminante sexual; quer dizer, não chegando até o orgasmo.

Então dispõem ambos, marido e mulher, de forças elétricas, sexuais, prodigiosas, com as quais podem reduzir a cinzas todos os agregados psíquicos que, em seu conjunto, constituem isso que se chama ego, eu, mim mesmo, si mesmo.

Samael Aun Weor

 

SIM HÁ INFERNO, SIM HÁ DIABO, SIM HÁ KARMA

Extrato do Capítulo 11

P. Mestre, poderia explicar-nos quando cometemos o delito de violência contra a natureza?

R. Com o maior prazer me apresso a dar resposta à dama que fez a pergunta. Existe violência contra a natureza quando violentamos os órgãos sexuais. Existe tal delito quando o homem obriga sua mulher a efetuar a cópula, não estando ela com disposição de fazê-lo. Existe tal delito quando a mulher obriga o homem a efetuar a cópula, não se achando este com disposição de fazê-lo.

Existe tal delito quando o homem se auto obriga, violentando a si mesmo, para efetuar o coito, não se encontrando o organismo em condições favoráveis.

Existe tal delito quando a mulher se auto obriga para efetuar a cópula, não se achando seu organismo em condições realmente favoráveis para o coito.

Existe tal delito naqueles que cometem o crime de violação sexual, posse de outra pessoa contra a vontade da mesma.

Como entre as cadências do verso também se esconde o delito, não é, pois, de estranhar que se cometam violências contra a natureza quando se obriga o falo a entrar em ereção, não se achando este último em condições realmente favoráveis para o coito.

Existe Violência contra a Natureza quando, com o pretexto de praticar magia sexual, ou ainda com as melhores intenções de se autorrealizar, o varão se auto obrigue a realizar a cópula química, ou obrigue sua mulher com este propósito, não se achando os órgãos criadores no momento amoroso preciso e em condições harmoniosas favoráveis, indispensáveis para a cópula.

Existe Violência contra a Natureza naquelas damas que, necessitando de autorrealização íntima, violentam sua própria natureza, se auto obrigando desapiedadamente para realizar a cópula, não se achando certamente nas condições requeridas para a mesma.

Existe Violência contra a Natureza nos masturbadores, ou naqueles que realizam a cópula química, estando a mulher menstruada.

Existe Violência contra a Natureza quando os cônjuges realizam a união sexual, quando a mulher está grávida.

Existe Violência contra a Natureza quando se pratica o Vajroli Mudra de tipo forte várias vezes ao dia ou à noite, não se achando os órgãos sexuais em condições realmente favoráveis e harmoniosas.

Existe Violência contra a Natureza quando se pratica magia sexual duas vezes seguidas, violando as leis da Pausa Magnética Criadora.

P. Mestre, no caso de que o cônjuge não tenha a potencialidade cabal e esteja praticando Magia Sexual, está violentando assim também a Natureza?

R. Com o maior gosto me apresso a dar resposta ao cavalheiro que faz a pergunta. Sucede que órgão que não se usa atrofia. Se alguém, se qualquer varão permanecesse abstêmio de forma radical e absoluta, é ostensível que prejudicaria a si mesmo, porque se tornaria impotente.

Obviamente, se tal varão quisesse curar-se de tão nefasto mal, bem poderia lográ-lo praticando magia sexual: Conexão do falo e do útero sem ejacular o sêmen.

É claro que, no princípio, tal conexão resultaria quase impossível, devido, precisamente, à falta de ereção do falo. Não obstante, ao tratar de fazê-la, aproximando o falo ao útero, com o mútuo intercâmbio de carícias, não existe violação contra a natureza, senão terapêutica médico erótica, indispensável para realizar tal cura.

No princípio, esta classe de pacientes pode usar algum tratamento médico clínico, baseado nos conselhos do doutor, com o propósito precisamente de conseguir as primeiras conexões sexuais.

É ostensível que, se o casal se retira antes do orgasmo para evitar a ejaculação do sêmen, este último é reabsorvido no organismo, fortificando extraordinariamente o sistema sexual, cujo resultado vem a ser exatamente a cura.

Em todo esse processo, repito, não há Violência contra a Natureza.

P. Mestre, quando o senhor fala de Violência contra a Natureza, refere-se exclusivamente à violência do organismo humano?

R. Distinto amigo! Quero que o senhor saiba, de forma clara e definitiva, que, quando falamos de Violência contra a Natureza, estamos referindo, de forma enfática, a todo tipo de violência sexual, especificando claramente os órgãos sexuais dos seres humanos.

Não quero dizer com isto que não existam outros tipos de violências contra a Natureza. Se alguém obrigasse, por exemplo, as criaturas inferiores da Natureza a efetuar cópulas artificiais, violentando o livre arbítrio, existiria Violência contra a Natura. Se alguém inseminasse artificialmente os animais, como é costume hoje em dia, existiria Violência contra a Natureza.

Existe Violência contra a Natureza quando adulteramos os vegetais e as frutas com os famosos enxertos, que inventaram os sabichões desta idade negra do Kali Yuga.

Existe Violência contra a Natureza quando nos castramos ou quando castramos os animais.

São, pois, inumeráveis os delitos que entram nesta ordem de Violência contra a Natureza.

Samael Aun Weor